terça-feira, 31 de maio de 2016

3 de junho: Dia de oração pela santificação dos presbíteros

"No dia 3 de junho, este ano dia da solenidade do Sagrado Coração de Jesus (comemorada na segunda sexta-feira após a solenidade de Corpo de Deus), será rezado um terço pela santificação dos presbíteros em, pelo menos, 100 basílicas e santuários de todo o mundo...
«Rezaremos pelos nossos presbíteros, para que encontrem alegria no seu sacerdócio, para que tenham esperança, e a possam levar ao mundo. Sendo festa do Sagrado Coração de Jesus, rezaremos para que os sacerdotes sejam santos.»"
É dia para nos lembrarmos de modo especial dos nossos Antigos Colegas, hoje sacerdotes.

domingo, 29 de maio de 2016

MAIS TE ENCONTRO, MAIS TE PROCURO AINDA Frei Bento Domingues, O.P.


1. Ó Deus, Trindade Santa,/ ó luz mais radiosa que toda a luz,/ fogo mais ardente que todo o fogo,/ Tu és um oceano, a paz,/ Tu és um mar sem fundo,/ mais eu mergulho, mais eu me afundo,/ mais eu Te encontro, mais eu Te procuro ainda./ Sede que Tu saciaste no deserto um dia,/ para sempre ficar com sede de Ti[1].

Esta oração é um poema. Não precisa de comentários. Traz consigo a sua própria inteligibilidade simbólica. Pode exigir uma iniciação, mas nunca a sua substituição.

Tentei, desde muito cedo, inscrever-me numa corrente de pensamento teológico que pratica a modéstia subversiva como atitude básica da inteligência da fé. Estou a referir-me a S. Tomás de Aquino que, em poucos anos de vida – morreu aos 49 anos – produziu uma obra monumental de análise filosófica, de exegese bíblica, de selecção patrística, sempre em confronto aberto e criativo com as várias correntes do seu tempo, de horizontes culturais e religiosos muito diferentes. Ditou um impressionante e rigoroso guião para principiantes na investigação teológica, para que não se perdessem na floresta de opiniões para todos os gostos[2]. Procurou abrir novos caminhos, na escola de Alberto Magno. Mas os pseudo discípulos viram nesse guião um repouso, uma preguiça, um substituto de constantes interrogações. Como escreveu Umberto Eco, fizeram de um incendiário, um bombeiro. Um pensador subversivo e condenado foi promovido a padroeiro de uma ignorante ortodoxia.

Para S. Tomás – que também era um grande poeta - a teologia não é um produto intelectual como a geometria. Pressupõe uma inteligência afectiva, de conaturalidade espiritual. Essa conaturalidade, paradoxalmente, não dispensa, pelo contrário, exige o estudo aturado, bebido nas mais diversas fontes, pois a graça não substitui nem diminui a natureza.

Nunca se esqueceu de unir duas atitudes que, aparentemente, parecem excluir-se: a razão argumentativa e o pensamento simbólico, a teologia afirmativa e a teologia negativa, cuidando que o ridículo não fosse apresentado como defesa ou apologia da fé. O nosso modo de dizer Deus é sempre abissalmente inadequado.

Este cuidado é a alma da sua teologia. No entanto, para viver e pensar a fé cristã, no século XXI, não dispomos de nenhuma receita. Encontramo-nos polarizados por aceleradas mudanças em todos os domínios. Como se costuma dizer, teremos de encontrar o caminho, caminhando[3].

2. A liturgia dá que pensar se assumir a sabedoria inscrita na prática simbólica e ritual. O exercício do pensamento simbólico assume a presença e a distância. No Domingo passado, foi celebrada a SS Trindade. A festa do Corpo de Deus deixou este Domingo porque conquistou o seu feriado.

Como o Pentecostes não é uma clausura, mas a entrada numa criatividade sem fronteiras, as duas festas referidas nasceram para tentar entender, em novos contextos culturais, palavras e gestos simbólicos de Jesus que suscitaram vivas controvérsias.

Fora da linguagem do pensamento simbólico, tanto a celebração da SS. Trindade como a do Corpo de Deus, oscilam entre banalidades e subtilezas pseudo filosóficas. Digo isto, porque me lembro da confusão que me faziam na catequese, as explicações da Trindade à base do trevo e de uma palavra feminina para dizer três masculinos. Mas era lindo rezar três vezes ao dia, ao toque do sino, o toque das Trindades: de manhã; ao meio dia e ao escurecer. Tudo parava para santificar o dia, o trabalho e o repouso.

Na vida adulta delirava com as anedotas que se contavam desse mistério. Descobri místicos trinitários, teologias muito subtis, disputas conciliares e a loucura da separação das Igrejas do Oriente e do Ocidente mediante a arma ridícula do anátema recíproco sustentado por uma série de banalidades, incluindo as da formulação trinitária.

3. Apesar de todas estas polémicas, existia como não existindo. O teólogo K. Rahner escreveu que se o dogma trinitário fosse eliminado como falso, a maior parte da literatura religiosa poderia permanecer quase inalterável. Goethe não encontrava na fé trinitária a mais pequena ajuda. I. Kant escreveu algo que já evoquei nestas crónicas: “tomada em sentido literal, a doutrina da Trindade, mesmo se se julgasse compreendê-la, é totalmente inútil em termos práticos e, menos ainda, ao reconhecer que ultrapassa totalmente os nossos conceitos”. Leonardo Boff reagiu a essa posição. Durante o ano de silêncio imposto, escreveu uma obra que tentava mostrar a Trindade como a melhor comunidade. P. Blanquart via na expressão trinitária da fé virtualidades democráticas: todas as pessoas são iguais e diferentes, todas activas sem subordinação, todas autónomas e todas em relação.

Essas tentativas valem o que valem. A teologia é uma vigilância da linguagem para não ceder à ilusão de meter Deus dentro dos nossos conceitos, transformando-O num ídolo. A teologia negativa favorece o humor e a ironia ao criar a boa distância e a boa proximidade.

29.05.2016





[1] Oração de Santa Catarina de Sena
[2] Cf.Summa Theologiae,I parte; q.1,a.6,8, 9; q.3,prol. ; q.12; q.13;q.32; q. 46 a. 2
[3] Cf Jacques le Goff, Em busca da Idade Média, Teorema, 2003, pag.90-91; Juan A. Estrada,

sábado, 28 de maio de 2016

Darfur: Libertado monge sequestrado 27 de Maio de 2016

O P. Gabriel El Anthony foi libertado às 19h00 de terça-feira, 24 de maio, na cidade de Nyala, capital do Sul do Darfur.
Uma multidão juntou-se esta manhã na igreja copta de Santa Maria de Nyala para ver o P. Gabriel antes de partir para Cartum, a capital do Sudão.

Mary Santos apresenta “Goodbye, New York! Olá, Lisboa!”

Mary Santos é esposa do nosso colega Laureano e é entusiasta dos nossos encontros anuais
"Poucas vezes o nome de um autor terá dito tanto sobre o mesmo e sobre a sua obra de estreia, como acontece com Mary Santos. Neste caso, no nome da escritora cabe uma parte importante da sua biografia e até a sinopse de “Goodbye, New York! Olá, Lisboa!”, li­v­ro que relata as dificuldades de quem trocou a cosmopolita cidade de Nova Iorque da década de 60, por uma Lisboa “fe­chada sobre si mesma” com as trancas de um sistema ditatorial que a impedia de avançar. Que limitava quem nela vivia. Que se tornava demasiado escura para quem, com 14 anos, vinha da luminosa cida­de que nunca dorme, mas que era palco de todos os sonhos. “Goodbye, New York! Olá, Lisboa!” é a história romanceada da vida de Mary Santos, onde os factos reais se sobrepõem a alguns nomes e episódios que foram alterados. É o relato de uma “identidade fracturada” que, ao longo dos anos, foi-se foi colando com um pouco de cá e de lá. De quem procurou, com este livro, afastar fantasmas e fazer as pazes com uma existência que hoje é pacífica, mas que nem sempre foi assim."
(From Diário de Aveiro)

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Ecos da Guiné: Nª Sª de Fátima! 14 de Janeiro – promessa …

E se nos puséssemos a imaginar que algures, tão longe, um longe tão inóspito, havia uma porta de lata velha, ferrugenta, com uma inscrição a tinta branca?… e se fôssemos observar de perto a ver a inscrição que, a tinta branca meio delida, mais parece cal, enche literalmente a porta por inteiro?… e se, com atenção, decifrássemos as palavras? E se viéssemos a saber que a casa é do chefe da aldeia, que dá pelo nome pomposo de Domingos Alvarenga? E não é ali ao virar da esquina, num talhão qualquer. É nos confins do mundo mais desconhecido. Por acaso é neste mundo, mas parece outro…
Partimos, primeira carrada, (barcada, porque o barco é o pequeno para poder penetrar em meandros quase impossíveis) percorremos as águas mansas duma baía, estávamos em maré baixa a encher lentamente, havia que escolher o trajecto, dados os perigos de encalhar nalgum dos muitos baixios, aqui e além assinalados com varas espetadas adrede, passámos certas margens perigosas, num pequeníssimo areal espreguiçava-se um crocodilo, aves passavam pachorrentas no silêncio duma mata sem sobressaltos, em trinados e cacarejos a ecoar no interior duma selva frondosa, circuito quase perigoso a circular por entre as ramagens que se espreguiçam na água, (a alimentar as ostras nelas dependuradas), por canais minúsculos (que destreza a dos marinheiros!), quantas vezes chamados à atenção para que as braças dos arbustos não nos raspem na cabeça, com muita paciência e muita calma, em meandros quase impenetráveis, eis uma clareira de cascalho e lama. Era uma espécie de charco, fétido e mal cheiroso. Pés na água, na lama, outros às costas dos guias serviçais, penetrámos num trilho de mata densa. Baga-baga aqui, baga-baga mais além, enfronhámo-nos por ali dentro em trilhos primitivos, uma clareira ou outra, provável campo de actividades para a pequenada, cruzámos com dois jovenzitos que carreavam sacos de carvão para carregamento, uma vitela presa por uma corda nem se espantou com tanta gente, entrámos na tabanca Ambuduco. Recebeu-nos uma chusma de garotada, em liberdade de intervalo na escolaridade que, ali ao lado, um professor paciente exercia a arte. Conversa amena em português lídimo como chefe da comunidade, Domingos Alvarenga, bom conhecedor de Lisboa que às vezes visita, pediu informações e recebeu-nos amavelmente à porta de sua casa, a tal porta que, na sua simplicidade e pobreza, ostenta um dístico deveras curioso: JESUS AMA-TE, ANUNCIO CRISTO SINHOR. E, enquanto chegava a segunda carrada (barcada) ali nos entretivemos a falar, a procurar sombra debaixo dos frondosos e imponentes mangueiros, a entabular conversa com este e aquele, enquanto alguns, para gáudio da pequenada iam atirando ao ar uns rebuçados… Era ver a garotada a lançar-se à poeira para ver quem mais colhia. Foto daqui, foto dali, chegam os outros e fomos à capela para celebrar com eles.
A campainha tocou. Era uma sineta, digna dos Jerónimos de Braga, dependurada dum ramo, pequena, é certo, mas suficiente para congregar os cristãos da aldeia, sobretudo jovens. O crioulo do catequista, o Adelino, magnífico no seu português e certamente também na língua autóctone, assim  imagino, traduziu uma emoção grande, de presidência e aniversário, numa mensagem simples de engrandecimento da fé que tão longinquamente dá “meças” a quantas “fés” e comunidades possamos imaginar nesta Europa civilizada. Que ambiente! Que alegria! Que mensagem de espiritualidade, pura e virgem! Muitos foram chegando, outros espreitavam de fora pelas janelas, recinto cheio, de gente e de vida. Orago da capela? Nem imagem existia! Nenhuma! Foi decretado (sem decreto oficial, evidentemente): “Nossa Senhora de Fátima! Eu mesmo mando (ou trago) a imagem”! Em segunda edição, cumpriu-se a promessa mas infelizmente sem irmos à tabanca entregar a imagem, por impossibilidade de viagem. Celebração digna na praia de Orango, com a recomendação e entrega da imagem ao Catequista.
A tarde, primeiro religiosa, depois cultural e turística, prolongou-se. Guerreirinhos, pequenos, mas ágeis, com penachos e vestidos a rigor, num ritmo estonteante, em batidas de pés na poeira imensa do largo, em zigue-zague de atitudes marciais, maneirismos e jogos de corpo, que beleza de “performance” primitiva, indígena… fomos mimoseados com um espectáculo fora do comum, ao ritmo de tambores de pele, habilmente manuseados em sintonia. Claro, as palmas não desmereceram de tanta beleza! Aplauso unânime e sincero. É espectáculo preparado para turistas de Orango. É oficial.
Apressava a ida. O primeiro grupo seguiu enquanto o segundo ficou a saborear mais uns números. Foi mais um dia de actividade salutar e lazer repousante.
Uma manhã de relaxe, à espera da maré alta para, de regresso, rumar a Bissau. Com mais umas horas de planura ao som monótono do roncar dos motores, saudações efusivas de barco para barco, eram dois, quatro horas passadas neste ram-ram, abordámos a praia (?) de Quinhamel, lodo e mau cheiro, que até deu para um escorregão na lama, uma molhadela inoportuna a enroucar o nosso ansião Luciano Guerra, chegámos a Bissau, a que dedicámos o 2º fim de semana da nossa peregrinação.
AO (Alferes capelão)

domingo, 22 de maio de 2016

Why are we so rich? - Dr McCloskey

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Why are we so rich? An American earns, on average, $130 a day, which puts the U.S. in the highest rank of the league table. China sits at $20 a day (in real, purchasing-power adjusted income) and India at $10, even after their emergence in recent decades from a crippling socialism of $1 a day. After a few more generations of economic betterment, tested in trade, they will be rich, too.
Actually, the “we” of comparative enrichment includes most countries nowadays, with sad exceptions. Two centuries ago, the average world income per human (in present-day prices) was about $3 a day. It had been so since we lived in caves. Now it is $33 a day—which is Brazil’s current level and the level of the U.S. in 1940. Over the past 200 years, the average real income per person—including even such present-day tragedies as Chad and North Korea—has grown by a factor of 10. It is stunning. In countries that adopted trade and economic betterment wholeheartedly, like Japan, Sweden and the U.S., it is more like a factor of 30—even more stunning.
And these figures don’t take into account the radical improvement since 1800 in commonly available goods and services. Today’s concerns over the stagnation of real wages in the U.S. and other developed economies are overblown if put in historical perspective. As the economists Donald Boudreaux and Mark Perry have argued in these pages, the official figures don’t take account of the real benefits of our astonishing material progress.

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Look at the magnificent plenty on the shelves of supermarkets and shopping malls. Consider the magical devices for communication and entertainment now available even to people of modest means. Do you know someone who is clinically depressed? She can find help today with a range of effective drugs, none of which were available to the billionaire Howard Hughes in his despair. Had a hip joint replaced? In 1980, the operation was crudely experimental.
Nothing like the Great Enrichment of the past two centuries had ever happened before. Doublings of income—mere 100% betterments in the human condition—had happened often, during the glory of Greece and the grandeur of Rome, in Song China and Mughal India. But people soon fell back to the miserable routine of Afghanistan’s income nowadays, $3 or worse. A revolutionary betterment of 10,000%, taking into account everything from canned goods to antidepressants, was out of the question. Until it happened.
What caused it? The usual explanations follow ideology. On the left, from Marx onward, the key is said to be exploitation. Capitalists after 1800 seized surplus value from their workers and invested it in dark, satanic mills. On the right, from the blessed Adam Smith onward, the trick was thought to be savings. The wild Highlanders could become as rich as the Dutch—“the highest degree of opulence,” as Smith put it in 1776—if they would merely save enough to accumulate capital (and stop stealing cattle from one another).
A recent extension of Smith’s claim, put forward by the late economics Nobelist Douglass North (and now embraced as orthodoxy by the World Bank) is that the real elixir is institutions. On this view, if you give a nation’s lawyers fine robes and white wigs, you will get something like English common law. Legislation will follow, corruption will vanish, and the nation will be carried by the accumulation of capital to the highest degree of opulence.

But none of the explanations gets it quite right.
What enriched the modern world wasn’t capital stolen from workers or capital virtuously saved, nor was it institutions for routinely accumulating it. Capital and the rule of law were necessary, of course, but so was a labor force and liquid water and the arrow of time.
The capital became productive because of ideas for betterment—ideas enacted by a country carpenter or a boy telegrapher or a teenage Seattle computer whiz. As Matt Ridley put it in his book “The Rational Optimist” (2010), what happened over the past two centuries is that “ideas started having sex.” The idea of a railroad was a coupling of high-pressure steam engines with cars running on coal-mining rails. The idea for a lawn mower coupled a miniature gasoline engine with a miniature mechanical reaper. And so on, through every imaginable sort of invention. The coupling of ideas in the heads of the common people yielded an explosion of betterments.
Look around your room and note the hundreds of post-1800 ideas embedded in it: electric lights, central heating and cooling, carpet woven by machine, windows larger than any achievable until the float-glass process. Or consider your own human capital formed at college, or your dog’s health from visits to the vet.
The ideas sufficed. Once we had the ideas for railroads or air conditioning or the modern research university, getting the wherewithal to do them was comparatively simple, because they were so obviously profitable.
                  Storefronts along Hudson Street in New York City, circa 1860 to 1900. Photo: Fotosearch/Getty Images        

If capital accumulation or the rule of law had been sufficient, the Great Enrichment would have happened in Mesopotamia in 2000 B.C., or Rome in A.D. 100 or Baghdad in 800. Until 1500, and in many ways until 1700, China was the most technologically advanced country. Hundreds of years before the West, the Chinese invented locks on canals to float up and down hills, and the canals themselves were much longer than any in Europe. China’s free-trade area and its rule of law were vastly more extensive than in Europe’s quarrelsome fragments, divided by tariffs and tyrannies. Yet it was not in China but in northwestern Europe that the Industrial Revolution and then the more consequential Great Enrichment first happened.
Why did ideas so suddenly start having sex, there and then? Why did it all start at first in Holland about 1600 and then England about 1700 and then the North American colonies and England’s impoverished neighbor, Scotland, and then Belgium and northern France and the Rhineland?
The answer, in a word, is “liberty.” Liberated people, it turns out, are ingenious. Slaves, serfs, subordinated women, people frozen in a hierarchy of lords or bureaucrats are not. By certain accidents of European politics, having nothing to do with deep European virtue, more and more Europeans were liberated. From Luther’s reformation through the Dutch revolt against Spain after 1568 and England’s turmoil in the Civil War of the 1640s, down to the American and French revolutions, Europeans came to believe that common people should be liberated to have a go. You might call it: life, liberty and the pursuit of happiness.
To use another big concept, what came—slowly, imperfectly—was equality. It was not an equality of outcome, which might be labeled “French” in honor of Jean-Jacques Rousseau and Thomas Piketty. It was, so to speak, “Scottish,” in honor of David Hume and Adam Smith: equality before the law and equality of social dignity. It made people bold to pursue betterments on their own account. It was, as Smith put it, “allowing every man to pursue his own interest his own way, upon the liberal plan of equality, liberty and justice.”
And that is the other surprising notion explaining our riches: “liberalism,” in its original meaning of “worthy of a free person.” Liberalism was a new idea. The English Leveller Richard Rumbold, facing the hangman in 1685, declared, “I am sure there was no man born marked of God above another; for none comes into the world with a saddle on his back, neither any booted and spurred to ride him.” Few in the crowd gathered to mock him would have agreed. A century later, advanced thinkers like Tom Paine and Mary Wollstonecraft embraced the idea. Two centuries after that, virtually everyone did. And so the Great Enrichment came.
Not everyone was happy with such developments and the ideas behind them. In the 18th century, liberal thinkers such as Voltaire and Benjamin Franklin courageously advocated liberty in trade. By the 1830s and 1840s, a much enlarged intelligentsia, mostly the sons of bourgeois fathers, commenced sneering loftily at the liberties that had enriched their elders and made possible their own leisure. The sons advocated the vigorous use of the state’s monopoly of violence to achieve one or another utopia, soon.
Intellectuals on the political right, for instance, looked back with nostalgia to an imagined Middle Ages, free from the vulgarity of trade, a nonmarket golden age in which rents and hierarchy ruled. Such a conservative and Romantic vision of olden times fit well with the right’s perch in the ruling class. Later in the 19th century, under the influence of a version of science, the right seized upon social Darwinism and eugenics to devalue the liberty and dignity of ordinary people and to elevate the nation’s mission above the mere individual person, recommending colonialism and compulsory sterilization and the cleansing power of war.
On the left, meanwhile, a different cadre of intellectuals developed the illiberal idea that ideas don’t matter. What matters to progress, the left declared, was the unstoppable tide of history, aided by protest or strike or revolution directed at the evil bourgeoisie—such thrilling actions to be led, naturally, by themselves. Later, in European socialism and American Progressivism, the left proposed to defeat bourgeois monopolies in meat and sugar and steel by gathering under regulation or syndicalism or central planning or collectivization all the monopolies into one supreme monopoly called the state.
While all this deep thinking was roiling the intelligentsia of Europe, the commercial bourgeoisie—despised by the right and the left, and by many in the middle, too—created the Great Enrichment and the modern world. The Enrichment gigantically improved our lives. In doing so, it proved that both social Darwinism and economic Marxism were mistaken. The supposedly inferior races and classes and ethnicities proved not to be so. The exploited proletariat was not driven into misery; it was enriched. It turned out that ordinary men and women didn’t need to be directed from above, and when honored and left alone, became immensely creative.
The Great Enrichment is the most important secular event since human beings first domesticated wheat and horses. It has been and will continue to be more important historically than the rise and fall of empires or the class struggle in all hitherto existing societies. Empire did not enrich Britain. America’s success did not depend on slavery. Power did not lead to plenty, and exploitation was not plenty’s engine. Progress toward French-style equality of outcome was achieved not by taxation and redistribution but by the Scots’ very different notion of equality. The real engine was the expanding ideology of classical liberalism.
The Great Enrichment has restarted history. It will end poverty. For a good part of humankind, it already has. China and India, which have adopted some of economic liberalism, have exploded in growth. Brazil, Russia and South Africa, not to speak of the European Union—all of them fond of planning and protectionism and level playing fields—have stagnated.
Economists and historians from left, right and center cannot explain the Great Enrichment. Perhaps their sciences need revision, toward a “humanomics” that takes ideas seriously. Humanomics doesn’t abandon the economics of arbitrage or entry, or the math of elasticities of demand, or the statistics of regression analysis. But it adds the study of words and meaning and their stunning contribution to our enrichment.
Over 200 years, average world income per person has soared from about $3 a day to a stunning $33 a day.
Over 200 years, average world income per person has soared from about $3 a day to a stunning $33 a day. Photo: Getty Images

What public policy to further this revolution? As little as is prudent. As Adam Smith said, “it is the highest impertinence…in kings and ministers to pretend to watch over the economy of private people.” We certainly can tax ourselves to give a hand up to the poor. Smith himself gave to the poor with a liberal hand. The liberalism of a Christian, or for that matter of a Jew, Muslim or Hindu, recommends it. But note, too, that 95% of the enrichment of the poor since 1800 has come not from charity but from a more productive economy.
Rep. Thomas Massie, a Republican from Kentucky, had the right idea in what he said to Reason magazine last year: “When people ask, ‘Will our children be better off than we are?’ I reply, ‘Yes, but it’s not going to be due to the politicians, but the engineers.’ ”
I would supplement his remark. It will also come from the businessperson who buys low to sell high, the hairdresser who spots an opportunity for a new shop, the oil roughneck who moves to and from North Dakota with alacrity and all the other commoners who agree to the basic bourgeois deal: Let me seize an opportunity for economic betterment, tested in trade, and I’ll make us all rich.
Dr. McCloskey is distinguished professor emerita of economics, history, English and communication at the University of Illinois at Chicago. This essay is adapted from her new book, “Bourgeois Equality: How Ideas, Not Capital or Institutions, Enriched the World,” published by the University of Chicago Press.

FIGURAS DE SANTIDADE Frei Bento Domingues, O.P.


1. A incerteza, sublinhada pelo Papa Francisco, acerca da sua vinda a Fátima, em 2017 - “Um momento, ainda não disse que vou, mas que gostaria de ir…” - não ajuda o apetecido desenvolvimento comercial da preparação de um evento marcante nos anais do Santuário mais rico do país. O investimento exige um quadro estável para os negócios. Fátima, com 55 hotéis disponíveis, não deixará os seus peregrinos sentir o que eram as agruras e privações de há cem anos!
O bispo de Leiria-Fátima está, no entanto, absolutamente convencido que o argentino virá, a menos que problemas com a saúde o impeçam[1].


Nesta vinda ainda não se fala de um programa para pôr a Igreja portuguesa a mexer, acusada, em alguns sectores, de estar muito parada e só reagir quando vê os seus interesses corporativos ameaçados. Como, porém, dispomos da imagem de Nossa Senhora a viajar pelo país e pelo mundo, compreende-se que os católicos lusitanos, no geral, não sofram de ansiedade com as propostas da nova evangelização. Esperam que a “debandada da juventude” se cure com a idade.

      Oiro sobre azul seria que a presumível visita papal coincidisse com a canonização dos pastorinhos e a beatificação da Irmã Lúcia, embora haja outros casos bem colocados na fila de espera.

       Quanto a canonizações, como a de Frei Bartolomeu dos Mártires parece garantida, não escondo que gostava muito que o Padre Américo, da Obra do Gaiato, viesse juntar-se a S. João de Deus. São duas figuras do catolicismo português que fizeram da fé uma vitória sobre a alienação religiosa e a exclusão social. Os meninos da rua encontraram no Padre Américo um caminho inédito para a alegria de viver. S. João de Deus, o louco de Montemor-o-Novo e de Granada, experimentou, ele próprio, no corpo e no espírito, o que não aceitou nos abandonados, nos pobres e nas vítimas de todas as doenças. Pelo que viveu, sofreu e criou é reconhecido como padroeiro dos hospitais, dos doentes e dos enfermeiros.

      Estas são incarnações cristãs, em épocas diferentes, que abalam os muros ideológicos e pseudo religiosos das Igrejas. São pessoas que partem para as periferias mais assustadoras, sem medo de serem surpreendidas pelo bem ou pelo mal. Cada passo pode tornar-se uma oportunidade para encontrar a vida heroica e humilhada, entrelaçadas, onde menos se espera. Sabendo também que cada instituição, por mais santa que se diga, é sempre uma decepção.

2. Descobrir que a vida humana é “sem repetição, sem paralelo, sempre uma atribuição nova, uma concessão do divino, uma excepção em cada uma das suas formas, cânticos e ultrajes”, é uma graça inesperada. O romance, Os Incuráveis, de Agustina Bessa Luís, é uma das obras portuguesas de ficção que revela, aos solavancos, o mais sublime nas situações mais abjectas. Ao criar, na figura da miséria extrema, a existência digna de adoração, aponta para o verdadeiro modelo de vida que vale a pena canonizar, pelo menos segundo os critérios do Evangelho.

“ (…) Uma mendiga, a Perdiz, abusada de mil formas ao longo dos anos, arrastando-se de um lado ao outro da estrada sobre umas joelheiras de pneu, coçando as pústulas das pernas, que pareciam decepadas e à parte da sua existência, (…) é surpreendida pela voz de Maria .

- Ainda és viva, Perdiz?

- Já devia ter ido que não faz falta a ninguém, disse a vendedeira das castanhas,

- “Mulher! A vida é só dos ricos? A vida é de cada um, não é só dos que têm pernas para andar e pão para comer! “

A partir daí, Agustina escreve o hino mais belo sobre a condição humana, que deveria figurar em todas as escolas do mundo.

“ (…) eu te digo, princesa, dona de todas as riquezas, ó fabulosa, ó digna de todos os reinos da Atlântida e de Sabá – porque tu, manchada, viciosa, cuspida, és o sacrário da vida, és alta e magnificente como as sequoias, ou como o céu”.

3. Para Agustina, não vivemos apenas para cantar a beleza da santidade humilhada. A realidade responsabiliza-nos.

“ (…) Em vão pousamos as mãos sobre os olhos e ouvidos, e dizemos não assistir, não comparticipar, não sermos responsáveis de um simples cortejo fúnebre, dessa fisionomia carregada e alvar que o segue, não acompanharmos nem a sua frieza, nem a sua dor, nem a fealdade desse corpo mutilado, nem o rasto pimpão dessas botas negras e que reluzem. De facto, nós estamos lá; em consciência, até ao fim do mundo, recusando ou aceitando, negando três vezes como Pedro e chorando a nossa cobardia, pactuando com o nosso não e o nosso sim. Todos nos viram lá não há trevas, em todos os crimes, em todas as redenções nós somos cúmplices, e aliados, e irmãos. Eis que, tremendo, muitas vezes forjamos um Deus que nos substitua nessa tarefa sempre sem precedente que é estar vivo, contribuir com a nossa força, a nossa vontade. Mas, enquanto que o homem é toda a linha condutora do passado e só ele, apenas ele, Deus é o tempo anónimo que se converterá a nós”[2]. Deus nunca é desculpa! 

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                     

22.05.2016



[1] Aura Miguel, Papa em Fátima para o ano. "Para nós, é uma certeza", 11.05.2016

[2] Cf. Maria Luiza Sarsfield Cabral, A dimensão religiosa na obra de Agustina Bessa Luís, in Frei Bento Domingues, Paulinas, 2012, pp 419-445

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Para quando governantes sensatos e sensíveis? José Milhazes Email

P.S. E por falar em igualdade. Gostaria de recordar que as forças políticas de extrema-esquerda, em 1974, lutaram e conseguiram impor as “passagens administrativas”, mas não pensem que foi para todos. Então, eu frequentava o Seminário Comboniano e, tal como todos os seminaristas em Portugal, tive de fazer os exames do 5º ano. E agora adivinhem porquê? Porque a qualidade de ensino nos seminários era pior?
( Observador)

VISEU 2016 - relato em prosa

Foto de conjunto do Encontro VISEU 2016
Depois do depoimento poético sobre o nosso encontro Viseu 2016, envio-vos o meu relato em prosa,mas que nada acrescenta ao relato poético primoroso do Laureano:
Tal como previsto, no passado dia 7, primeiro sábado de maio, teve lugar o encontro anual dos Antigos Alunos Combonianos de Portugal.
Eram cerca das 10H30 da manhã quando cheguei a Viseu com mais três colegas da área de Famalicão: o António Gil, o José Sá e o Luis Sousa. Mas não fomos os primeiros; já encontramos, a tiritar de frio uns 3 ou 4.
O dia era, de facto, de poucos amigos, ameaçando borrasca permanente. Felizmente o invernal dia de primavera não assustou os que tinham confirmado a sua presença, nem desanimou aqueles que à última da hora resolveram meter-se a caminho. Éramos perto de 8 dezenas aqueles que às 11H00 nos reunimos para mais uma conversa em família à volta da nossa bandeira.
Cantou-se o hino da Associação da autoria do Laureano.com letra e música áudio-acompanhada pelo José da Costa Faria. De seguida o José Faria presenteou-nos ainda com um vídeo sobre a vida do jovem padre comboniano italiano, Ezequiel Ramin, assassinado no Brasil há cerca de duas dezenas de anos e em processo de beatificação. Como de costume, fez-se a apresentação dos colegas. Seguiu-se um ritual mais simples e mais curto, mas sempre importante para que ,30… 50,60 e mais anos passados sobre o início do nosso mais ou menos longo percurso comboniano, nos reconheçamos apesar de  todas as transformações físicas que a vida nos foi impondo. Houve lugar a testemunhos ( como o do Camilo Guerrero...) a recordações de lindas estórias e até à tomada de conhecimento dos percursos e êxitos profissionais dos Antigos Alunos. Comum a todos era a manifestação de grande gratidão pela escola, pelos mestres, pelos companheiros de caminhada e pelas oportunidades abertas que aquele mais ou menos longo percurso comboniano a todos proporcionou. O Fernando Paulo, com as suas sábias e eloquentes palavras, dando-nos conhecimento da sua nomeação para a Academia de Ciências de Lisboa, exprimiu o que calava fundo no coração de todos os presentes.
Seguiu-se depois a autorizada exposição do Pe. José Vieira sobre a sua participação nas sessões capitulares da Congregação no ano passado em Roma e as mensagens que ele entendeu pertinente transmitir-nos dessa reunião magna comboniana.
Tivemos depois a oportunidade de ouvir algumas dicas importantes sobre aquilo que será a história e as estórias dos Combonianos em Portugal apresentadas pelo próprio autor, o colega de muitos de nós e amigo de todos, o Pe. Manuel Augusto. O documento apresentado encontra-se à disposição de todos no Blogue Antigos.Alunos.Combonianos. Aos Pes. José Vieira e Manuel Augusto o nosso muito obrigado pela vossa participação e entusiasmo.
A celebração veio a seguir no “único lugar interior daquela casa que não mudou ao longo destes anos”: a Capela , no dizer do “ historiador” Manuel Augusto. Confesso que é este o lugar que mais recordações me traz e que não prescindo de visitar quando passo por Viseu. Com a ausência do Olindo por razões familiares coube ao Américo e ao Faria o acompanhamento musical da celebração.
O tempo chuvoso e frio obrigou-nos a tirar a foto de conjunto…para mais tarde recordar…dentro da própria capela.De seguida lá fomos nós para o refeitório onde demos largas ao nosso convívio, este ano muito animado pelo Pe. Claudino. De realçar que foi preciso à última da hora instalar mais uma mesa. Felizmente houve comida para todos, mas será bom que no futuro não se esqueçam de confirmar a presença. Ficou confirmada, mais uma vez, que a “ pomada “ do Sebastião é qualquer coisa fora de série…
 De referir que a conta do projecto Pe. António Ino ficou enriquecida em mais de um milhar de euros ultrapassando já mais de 2000 euros segundo informação do Pe. Medeiros.A conta, porém, continua aberta.
Ficaram também confirmadas as qualidades do Isidro na “caça” aos contactos de muitos Antigos Alunos. Acho que o Isidro teria dado um eficaz investigador se a isso se tivesse devotado. Para a história fica a relação dos Antigos Alunos presentes:

Lista de presenças no encontro de Viseu 2016-05-07

Pe. Manuel Augusto (Viseu1961)
Pe. Manuel Horta (Viseu 1953)
Pe. Dário Balula (Viseu 1959)
Pe. Claudino (Viseu 1958)
Pe. Francisco Medeiros - 1969
Pe. Francisco Matos Dias (Viseu 1957)
Ir. Matias
Ir. António Silva Figueiredo
Ir. Alex (Espanhol)
Dionísio e esposa (Viseu 1954)
Fernando Mesquita Seixas (1967)
Laureano e esposa (Viseu 1960)
António Silveira Ramos
Dinis Osvaldo Gomes - 1971
José Simões Batista (Viseu1954)
Manuel Maria Gomes (Viseu1966)
Victor Magalhães
António Gonçalves Violante (Viseu 1956)


Pe José de Sousa (Viseu 1951)
Ir. Valentim
Pe. José Vieira (Maia 1972)
Paulo Jorge Campos Vicente (1966)
Manuel Almeida Rodrigues (Viseu 1956)
Joaquim Francisco Rocha Libório (Viseu 1955)
 Martinho Rebelo Mota (1966)
Emídio Braguês Marques Lemos (Viseu 1955)
Hélio Gomes Lages (1966)
José Agostinho Nunes Lázaro (Viseu1966)
João A. Paulos Couto Monteiro (Viseu1966)
José Santos Marcelino (Viseu1966)
 Manuel Martins Fernandes (Viseu1966)
Hilário Rodrigues Figueiredo (Viseu 1955)
Manuel Correia Santos (Viseu 1955)
Victor Manuel Mendes Alves (Viseu1962)
Carlos Alberto Oliveira Coelho (Viseu 1954)
Pe. António Ino
Ir. António Martins
António Ramos Máximo (Viseu1964)
António Santos Esteves Andrade (Viseu1954)
Custódio José Santos (1967)
Isidro Almeida (Viseu 1955)
Fernando Carmo Aguiar (Viseu 1956)
Luis Manuel Silva Dias Sousa (VNF1972)
Manuel Joaquim Costa Fernandes
Camilo Guerrero Folgueira e esposa (Prefeito)
José da Costa Faria e esposa (Viseu 1958)
Fernando Paulo do Carmo Baptista (Viseu 1952)
António Gil Alves da Silva (VNF1972)
José Silva Sá (VNF1972)
José Albuquerque Gomes - 1964
Licínio Alberto Pinto - 1966
António Lopes Figueiredo e esposa - 1972
Pe. Rogério de Sousa - 1952
Pe Ramiro Loureiro - 1953
José Gonçalves Brás (1965)
Sebastião Morgado Ribeiro (Viseu1963)
Silvestre Martins Marques (Viseu 1953)
João Guimarães (Viseu 1956)
Augusto Cabral Ribeiro (Viseu 1958)
Francisco Gonçalo Águeda Dias (1966)
Américo Pereira Martins (1963)
Jorge Albano Rodrigues Almeida - 1970
Amândio Pires (Viseu 1969)
Joaquim Armindo(VNF1977)
Lino da Silva Pinto - 1973
Octávio Alexandre Ramos - 1965
Horácio Fernandes (Viseu 1954)
Viriato Mota Gaspar Cebola (Viseu 1969)
Albino Manuel Martins - 1965




terça-feira, 17 de maio de 2016

Narrativa poética do encontro VISEU 2016

Aqui fica uma resenha  em poesia daquilo que foi o nosso encontro VISEU 2016 da autoria do ilustre Antigo Aluno Comboniano  Laureano Leitão:


7 Maio 2016

 Quando esse dia chegou
                             O sol no céu não brilhou,
                             Com as nuvens se escondeu,
                             Mas o peito iluminou
                             De cada um que rumou
                             Ao encontro em Viseu.

O mui digno Presidente,
                            Exímio na condução
                            Do programa, sorridente,
                            Começou por saudar
                            A Assembleia e declarar
                            Que estava aberta a sessão.

Logo de início, o Faria,
                            Técnico de som e imagem,
                            Mostrou com grande mestria
                            Numa perfeita montagem
                            Que o hino pode ser lido
                            E ao mesmo tempo cantado,
                            A karaoke parecido
                            Com êxito assegurado.

Interessantes minutos
                            Prenderam-nos a atenção
                            Quando o padre Zé Vieira
                            Nos deu conta dos bons frutos
                            Duma obra pioneira
                            Numa viagem romana
                            Que buscou junto do papa
                            Bênção para nova etapa
                            Da vida comboniana.

O vídeo, a canção
                             Levaram-nos à missão
                             Que no peito, com carinho,
                             Com amor e confiança,
                             É vivida na esperança
                             Por quem seguiu o caminho.

O padre Manuel Augusto
                            Comunicou-nos o justo
                            Tributo aos Combonianos
                            Em Portugal, um volume
                            Que começou a escrever
                            E se bem tudo correr
                            Há-de vir talvez a lume
                            Daqui a um ou dois anos.

Depois foi a boa nova
                            Que consubstancia a prova
                            De que há valores entre nós
                            Motivadores de alegria.
                            Bem alto ressoe a voz!
                            Fernando Paulo Baptista
                            Vê o seu nome na lista
                            Dos membros da Academia
                            Das Ciências de Lisboa.

Boa nova? Mais que boa,
                            Que nos deixa orgulhosos,
                            Pois é, com toda a certeza,
                            Dos maiores estudiosos
                            Da Língua Portuguesa.

Mas há mais: directores vários,
                            Médicos e empresários,
                            Advogados, um juiz
                            Que nos dizem, com razão,
                            Que o sangue da Associação
                            É vital para o país.

Chegado foi o momento
                            Da missa e o alimento
                            Foi dado então à alma,
                            Sendo o do corpo a seguir,
                            Depois de a gente sentir
                            Mergulhar o ser em calma.

Padres Ramiro, Claudino
                            Dário, Sousa, António Ino,
                            Também marcaram presença
                            Reforçando a nossa crença.

Comeu-se ao almoço bem,
                             Bebeu-se, claro, também
                             Tinto do Sebastião
                             E até houve leilão
                             De um bom livro do Fernando.

Vamo-nos, pois, encontrando,
                             E durante muitos anos,
                             Cada qual de nós feliz,
                             Nas lembranças de menino,
                             Que sempre, como se diz
                             Na própria letra do hino,
                             Seremos Combonianos.

Laureano