1.Estamos a entrar no
Ano da Missão com
o propósito de nunca
sair de uma vida em
missão.
2. Este ano é, pois, um
despertador para que a nossa
vida se robusteça com
mais vigor.
Ao convocar esta iniciativa,
a Conferência Episcopal
Portuguesa não podia
ser mais envolvente nem
englobante.
«Todos, tudo e sempre
em missão». Assim se intitulava
a Nota Pastoral dos
Bispos de Portugal.
3. Torna-se, assim, claro
que a missão não é só para
alguns momentos, para algumas
áreas e para algumas
pessoas.
Nunca é demais insistir.
A missão é para todos, para
tudo e para sempre.
4. A missão nunca há-de
ser condicionada, sectorial
ou limitada. Ela tem de ser
mobilizadora, totalizante e
permanente.
5. A missão é uma «invasão
». Missionar é «invadir».
Na «invasão» trazida pela
missão, ninguém deve ser
posto de lado e nada pode
ficar de fora.
A missão não é facultativa;
é imperativa. Ela não é
um aditamento do agir, mas
a identificação maior do ser.
Mais do que fazer missão,
todo o cristão é missão. Daí
que o Concílio Vaticano II tenha
recordado que «a Igreja
é, por natureza, missionária
». Ou seja, sem missão
não há cristão. Nem Igreja.
6. A natureza missionária
da Igreja encontra-se constituída
a partir dos começos.
Jesus escolhe discípulos (cf.
Jo 1, 35-40) para os enviar
em missão (cf. Mt 10, 5-6).
Isto significa que não é
possível ser missionário sem
ser discípulo. E é inteiramente
impossível ser discípulo
sem ser missionário.
7. O cristão é simultaneamente
discípulo e
missionário.
Dir-se-ia mesmo que todo
o cristão traz consigo o
nome de «discípulo» e o sobrenome
de «missionário».
8. É por tudo isto que onde
está o cristão, aí tem de
estar a missão. Jesus quer que
sejamos «missionários», não
«demissionários».
O contrário da missão é
a demissão. Mas a demissão
não está só na inacção. A
demissão também pode estar
na mera agitação. O fazer
por fazer pouco faz. No
fazer tem de ressoar o ser.
9. Daí que a missão comece
na oração. Foi assim
com Jesus e foi assim com
os Apóstolos da primeira hora.
Assim há-de continuar a
ser com os apóstolos desta
nossa hora.
Hoje, como ontem, a oração
é geradora de missão; a
oração é a grande «parteira»
da missão.
10. Só quem está com
Cristo se sentirá enviado
por Cristo.
A missão é uma constante
quando o missionário está
unido ao Missionante!
João Teixeira
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