No dia 18 de junho de 2015 às 21:48, Isidro Almeida <isidroalmeida@gmail.com> escreveu:
quinta-feira, 25 de junho de 2015
A PROPÓSITO DE UM PROFESSOR GREGO - Pontos de vista
Na sequência de um email do Isidro sobre a posição de um professor grego a propósito da crise que a Grécia vive e a forma como os Gregos são vistos pelos restantes europeus, gerou-se uma interessante troca de opinióes entre antigos alunos que partilho convosco. Aqui publico o email do Isidro e as outras posições são publicadas na rubrica Comentários.
No dia 18 de junho de 2015 às 21:48, Isidro Almeida <isidroalmeida@gmail.com> escreveu:
No dia 18 de junho de 2015 às 21:48, Isidro Almeida <isidroalmeida@gmail.com> escreveu:
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ResponderEliminarFrom: jorge silva
To: Isidro Almeida
Subject: Re: Como um grego ensina a um alemão a história das dívidas
........ A RESPOSTA DESTE PROFESSOR GREGO CONFIRMA QUE OS GREGOS,
DE FACTO, VIVEM AINDA NO MUNDO DOS DEUSES DO OLIMPO....E DE LÁ NÃO QUEREM
SAIR E POISAR NA TERRA.....
...DEVERIA INCLUIR NOS SEUS DEVEDORES O IMPERIO ROMANO --- COM A SUBJUGAÇÃO
DA GRECIA AO PODEERIO ROMANO......
ResponderEliminarJorge Silva e demais amigos/conhecidos,
Agradeço o envio desta mensagem e do correlativo youtu.be, adrede enviado pelo Isidro.
https://youtu.be/QZeg8blIvFA
Me dei ao trabalho de ouvir.
E dou razão ao professor grego.
De fato, pelo que tenho lido, a Alemanha não cumpriu o que ficou estabelecido de indenizações à Grécia, apos as duas guerras mundiais.
E suas valiosíssimas obras de arte, especialmente esculturas, de fato, estão espalhadas por vários museus da Europa. Pessoalmente vi algumas, originais, nos museus de Paris, Vaticano e Londres.
Com certeza não foram vendidas pelo povo ou por governos gregos..., mas furtadas por Romanos, Napoleão, Hitler, etc....
Daí, meu amigo Jorge, querer rir dos gregos e afirmar que:
"VIVEM AINDA NO MUNDO DOS DEUSES DO OLIMPO....E DE LÁ NÃO QUEREM SAIR E POISAR NA TERRA.....
e:
...DEVERIA INCLUIR NOS SEUS DEVEDORES O IMPERIO ROMANO --- COM A SUBJUGAÇÃO DA GRECIA AO PODERIO ROMANO...... "
não chega a ser um discurso sério.
Será que a Ângela Merkel está mesmo conseguindo fazer lavagem cerebral a toda a Europa, inclusive a desavisados portugueses?
Se for verdade, Jorge, vou ficar triste com a submissão acrítica e fraca, de "inteligentzia" lusa ao rolo compressor "alemão - soberbo gado".
Abraço
João Tavares
(usei, hoje, a grafia brasileira)
Pois é, caros amigos
ResponderEliminarEsta é mais uma resposta de abraço a todos, com a minha nova lide, política, perdi todo o meu tempo para mim e para os amigos. E não vejo como posso inverter o caminho, estou para mim que só em outubro 2017, termo do mandato e compromisso, e que o conseguirei.
Mas adiante, como desculpa, só posso entender este compromisso como missão aos outros, afinal o ideal de menino que todos, de uma outra maneira, escolhemos, continua vivo, só ele me ajuda a cumprir e Deus sabe quanto, por vezes e tantas vezes desanimo.
Mas, respondendo politicamente, é disso que se trata, talvez que a síntese entre o Jorge e o João (o que escreveram) seja a (quase) solução para este dilema, ou seja, aquilo que chamamos pragmatismo, meio caminho entre o racional e o empírico que outros definem como equilíbrio é bom senso.
Como sabemos a democracia como sabemos a democracia iniciou-o seu caminho com Pericles, na antiga Grécia (corrijam se estou enganado, a minha distração, também a idade, por vezes confundem-me e não quero confundir os outros). E, como democracia que era - o poder às maiorias - e, em consequência, aos mais pobres (estes foram a grande maioria desde sempre é assim continuam) não se percebe como é que os pobres não detém esse mesmo poder, sim os ricos, congregados nas grandes corporações a que vulgarmente chamamos mercados mais conhecidos por "capitalismo selvagem" (o Jorge, exBES, sabem bem do que falo e, aliás, eu também, de certa forma estivemos ao seu serviço, ingénuos e distraídos perante a tolice que, desde o derrube do muro de Berlim, mais se acentuou),
Ora, por que é que a democracia de Pericles e a política de Aristóteles e tantos outros filósofos gregos, não sobreviveu ou, se quisermos, foram adulterados em termos de conceito e expressão?
Exatamente, como foi dito de outra forma: por causa do (seu) império romano, foram os romanos que submeteram os gregos e, na sua ganância de enriquecerem e submeterem outros povos ao seu jugo e império, confundindo o que ele tinha de bom e exemplar como nova civilização que era, cedo perceberam que as terras do Lacio eram fabulosas para agricultura daí que, foi um passo para nascerem o que hoje chamamos latifundiários, que deram origem aos patrícios, depois aos senadores, enfim, a governação dos mais poderosos.
( Continua...)
Em resumo, foi este tipo e forma de organização política que, de algum modo e outras nuances, sobrevive até hoje e todos conhecemos.
ResponderEliminarMas também é verdade que a política (entendida como Aristóteles, a relação e governação da cidade, da polis) não é para todos. Por um lado, para quem tem uma preparação técnica da gestão da coisa pública e, por outro, um profundo conhecimento da filosofia que ela, a política, contém enquanto doutrina social (repito, social, para todos, sem exceção) mas também uma enorme dose de ética e respeito pelos outros.
Complicado? Claro, é óbvio, mas também muito difícil, por isso aqui estamos, nós, os gregos, os franceses, os italianos, parece-me que só uma. Informa-se países escapa, curiosamente aqueles que tiveram a coragem de revolucionar um certo conceito de catolicismo com Lutero, Calvino e outros.
Sairemos daqui? Tenho dúvidas e falo como político no terreno. Digo no terreno e preocupado porque, embora todos sejamos políticos, é aqui que está o cerne do problema é a principal razão por que isto não muda, exatamente o afastamento do cidadão daquilo que é sua obrigação e lhe pertence, exatamente aquilo que chamamos direito de cidadania, o direito e também o dever de intervir criticamente. Na verdade, só sabemos intervir para criticar e, pior ainda, quase sempre de forma contundente e negativa.
Termino mesmo com aquela célebre frase de Kennedy no seu discurso de tomada de posse quando se dirigiu aos americanos e lhes pediu que não esperassem pelo que a América poderia fazer por eles mas que procurassem fazer algo pela América (mais ou menos foi esta a ideia).
Perdão pela extensão, agradeço a vossa paciência e, já agora, vejam se podem fazer alguma coisa por mim, corrigindo-me nesta síntese crítica ao vosso pensamento.
Continuaremos ligados a esta corrente, sinal que estamos vivos e, já agora, com os neuróticos e sinapses em bom estado de conservação, e o que mais me preocupa nesta idade u tanto trôpega de pernas e demais esqueleto.
Abraço, outro, agora muito apertado, irmãos da mesma escola
Antonio Castanheira Gouveia
Reconheço-me em muito do que dizem . Outra coisa não seria de esperar tendo nós bebido do mesmo leite e comido do mesmo queijo oferta da " generosidade" do governo americano...
ResponderEliminarGostei da lição de história da " democracia " do Gouveia. Já quanto à lição do prof grego, tenho muitas interrogações. Custa-me a crer que alguem tenha "obrigado" os gregos ou os portugueses ou os espanhóis ou os...a desbaratar as "ajudas" concedidas ao longo dos anos em bens improdutivos, superflos e ainda por cima de origem alemã. Poderiam ter comprado Fiats, Seats, Citro's ou 4Ls, etc em vez de Mercedes ou Bmw´s. Poderiam ter contratado empresas russas ou portuguesas para costruir as suas autoestradas. Essa foi sempre a nossa sina ao longo da nossa história. Os Gregos, tal como nós, fomos incapazes de gerir bem os recursos que o engenho , a arte e o desespero de muitos dos nossos concidadãos nos foi colocando à nossa disposição.
Eu interrogo-me muitas vezes das razões que fizeram da Bélgica, da Suiça, da Holanda...para só referir alguns dos países com dimensões humanas e territoriais semelhantes ou até inferiores às nossas, desprovidos de recursos naturais valiosos, comtemplados com condições climatéricas mais agrestes do que as nossas...e, apesar disso, beneficiam de um progresso material e social que nos faz inveja. Parece haver muitas explicações antropológicas , religiosas e outras. Haverá certamente. Elas não podem de modo algum livrar-nos da responsabilidade que temos de assumir em tudo isso. Os Gregos, nós e muitos outros povos...fomos fazendo as nossas escolhas ao longo da história. Quando reconhecemos o buraco em que nos metemos, por nossa própria cabeça, temos de ter a coragem, não só de pedir ajuda, mas de mostrar àqueles que se mostram disponíveis , ainda que interessadamente, para nos ajudar que pretendemos mudar de rumo. Parece-me que a "arrogância" do pobre é tão nefasta quanto a " soberba" do rico.
Caros Gouveia,Jorge e João Tavares, bem hajam por terem partilhado comigo as vossas preocupações e ideias. Se estiverem de acordo, publicá-las-ei no Blog da nossa associação.
Um grande abraço para todos
António Joaquim
ResponderEliminarDo Jorge Silva...
Evidente que usei linguagem enfática, na minha apreciação critica da lição do Prof. Grego...
pois que outra linguagem os gregos ( falando sempre dos mentores e difusores de utopias politicas) eles não entendem, nem querem entender.
Apenas isto ...Porque é que os gregos comerciantes das ilhas ( e A Grécia tem quase meio território constituído por ilhas) não cobram IVA... Turista , que é turista, não é tão pobretanas que não suporte mais uns euritos nas suas deambulações por terras helénicas....
....Paguei ( ainda continua a pagar com a sobretaxa do IRS) com língua de palmo a dívida nacional , da qual fui pouco ou nada responsável ou favorecido...
Já dizia o nosso conterrâneo "Bandarra" ...""ou há moralidade ou comem todos"" e eu , tenho para mim, que os gregos ( tomo sempre a parte pelo todo...não o todo pela parte) continuam a ter pouca moralidade nos seus devaneios de vida folgada...paga pelos outros, mesmo admitindo que esses outros sejam mais ricos, porque mais capazes e mais laboriosos.
Isso da dívida à Grécia, mesmo não a negando, é agora "oportunistamente (?)" ofensiva...Poderia ter sido reclamada aquando da existência da Alemanha Federal e da RDA...ou não???
Continuar a ver no "povo alemão" os maus da fita...cheira-me a "chauvinismo" a destempo.
Faça-se justiça....O povo grego, tem direito à sua dignidade de pessoa humana...e a isso ninguém se opõe.... Mas daí a esperarem, sentados, que do OLIMPO lhes venha ambrósia e néctar como alimento...!!!!! ( disse eu : Jorge Silva)
Gente boa,
ResponderEliminarEstou a gostar da discussão e da troca de pareceres sobre tão importante assunto.
Acho isso sadio e construtivo. E muito oportuno.
Da minha parte não faço oposição alguma a que seja publicado no "blog da nossa associação", como diz o António Pinheiro. Por favor, me dêem o endereço eletrónico do blog.
E já agora, se alguém quiser espreitar o site que dirijo, em nome do MFPC (Movimento das Famílias dos Padres casados do Brasil), o endereço é:
www.padrescasados.org . Em média, posto 2 artigos por dia e tem uma média de 500 acessos/dia. Sobre Igreja, Brasil, Mundo... (Política, Economia, Ecologia...)
Abraço para todos
João Tavares
São Luís - Maranhão
ResponderEliminarFrom: Lauro Portugal
Sent: Wednesday, June 24, 2015 11:00 PM
To: Seminário Pinheiro Pinheiro
Subject: Opiniões
Estimado Presidente,
Como moderador que és, envio-te o anexo.
Abraços
Laureano
Gregos e germanos
Agora em lide política,
A fim de evitar enganos,
Segue por estrada mítica
O Gouveia, sem dar crítica
A gregos ou a germanos.
O Jorge, crendo em percurso
Contrário a mal que nos cerque,
Aos gregos não dá recurso,
Fazendo seu o discurso
Da Luísa Albuquerque.
Homem de vasta doutrina
E firme religião,
Do Brasil lê-se o João:
Que não, senhor, não afina
P’lo mesmo diapasão.
Presidente de bons modos,
O António Joaquim
Tem sabedoria a rodos
E dos pareceres todos
Dá seu parecer no fim.
Com válida opinião
Bem digna das grandes montras
Não seria sem razão
Ver a nossa Associação
A brilhar no ‘Prós e Contras’.
Eu que sou uma nulidade
Nestes assuntos, presumo
Que Varoufakis e Tsipras
Coração fazem das tripas
Marimbando-se em verdade
Para abraços a acenos
Dos europeus. Em resumo:
Eles não vendo melhoras
Em tesouros, em tesouras
Também não estão abastados
Como os nossos – pelo menos
Não cortam nos reformados.
Laureano
23-06-2015