A nossa viagem foi um pequeno, mas importante, sinal de Esperança para muitos dos seus habitantes que vivem em condições de extrema pobreza. Foi comovedor ver e partilhar da alegria de tantas crianças e adultos, os rostos da solidariedade, e sentir neles a força de poderem, ainda, viverem e esperarem um futuro melhor. E, para que tal aconteça, lá estão a ajudar os missionários das Ordens Religiosas e Institutos femininos e masculinos, a Igreja viva, muitos voluntários, nomeadamente, médicos e outros… Todos os que tivemos a graça de palmilhar o chão areoso e escaldante da Guiné; de atravessar bocados de um mar sereno e os muitos canais com as margens revestidas de arbustos e árvores entrelaçados e dobrados sobre as águas límpidas, como que a saudar-nos, até chegarmos às tabancas de um povo politicamente resignado, mas profundamente crente, amigo e acolhedor…. Ao visitarmos as várias instituições e casas de ajuda e acolhimento constatámos como o trabalho é realizado com alegria e disponibilidade pelos missionários e voluntários!…..
Mas, há outras maneiras de continuarmos presentes na encantadora terra da Guiné-Bissau.
E assim aconteceu!
Já no início do Verão também aqui chegou o Benelívio Cabral, professor no liceu de Bissau, dr. Agostinho Neto, jornalista e relator desportivo. Mereceu, igualmente, todo o apoio necessário e ainda lhe foi proporcionado um encontro com membros da direcção do Vitória de Guimarães, como era seu forte desejo, tendo em vista celebrar eventuais protocolos. Mais tarde, no passado mês de Novembro, o Américo teve conhecimento, pela imprensa local, de que dois médicos e uma enfermeira, drs. Vasco e Quintino e Enfª Alexandrina, estavam a concluir acções de formação, nas diversas especialidades, e que partiriam brevemente para a sua terra natal. Diligente, tomou a iniciativa de os contactar, promover o encontro e, desse modo, além de um jantar-convívio de despedida, de novo, generosamente, colmatou algumas dificuldades financeiras e logísticas que humildemente lhe manifestaram esses profissionais de saúde da Guiné.
Os contactos têm continuado, porque os nossos amigos guineenses têm memória e são gratos e a solidariedade perdura. Sabem que as portas ficaram abertas para futuras acções de formação médica ou visitas de outra ordem. “AFINAL”, o título da última crónica do Padre Artur, em “Ecos da Guiné”, publicada no site da UASP; afinal, o acolhimento é a expressão concreta das “Obras de Misericórdia”…..
Alfredo Monteiro, antigo aluno franciscano e Alferes Milº.
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