terça-feira, 10 de abril de 2018

Papa quer menos burocratas na Igreja - Diário do Minho

Papa Francisco afirma
que «a Igreja não
precisa de tantos burocratas
e funcionários,
mas sim de missionários
apaixonados»,
elogiando os religiosos
que desvalorizam o conforto
e lembrando que
qualquer um pode ser
santo.Francisco faz esta reflexão
na sua terceira exortação
apostólica intitulada
"Gaudete et Exsultate"
("Alegrai-vos e exultai"),
que o Vaticano publicou
ontem e na qual aborda «a
santidade no mundo contemporâneo
», seus «riscos,
desafios e oportunidades».
Jorge Bergoglio elogia
os «padres, freiras, religiosos
e leigos que se dedicam
a anunciar e a servir
com grande fidelidade,
muitas vezes arriscando
suas vidas e, certamente,
à custa de conforto».
suas vidas às novidades
do consumo, enquanto
outros só olham de fora
enquanto sua vida passa
e termina miseravelmente
», refere.
O Papa Francisco pede
ainda aos cristãos
que ajudem os pobres e
necessitados.
«Não podemos considerar
um ideal de santidade
quando se ignora a
injustiça deste mundo, onde
alguns celebram, passam
felizes e reduzem
suas vidas às novidades
do consumo, enquanto
outros só olham de fora
enquanto sua vida passa
e termina miseravelmente
», refere.
O Papa critica ainda casos
em que também os
cristãos fazem parte de
redes de violência verbal
através da internet e vários
fóruns ou espaços de
intercâmbio digital.
«Mesmo nos media
católicos, é possível ultrapassar
os limites, tolerando-
se a difamação
e a calúnia e parecendo
excluir qualquer ética e
respeito pela fama alheia.
Gera-se, assim, um dualismo
perigoso, porque, nestas
redes, dizem-se coisas
que não seriam toleráveis
na vida pública e procura-
se compensar as próprias
insatisfações descarregando
furiosamente
os desejos de vingança»,
diz, adiantando que por
vezes, pretendendo defender
outros mandamentos,
seja ignorado o
oitavo: «não levantar falsos
testemunhos».
Papa propõe modelo
cristão de felicidade
Na terceira exortação
apostólica do pontificado,
dedicada à santidade,
Francisco propõe um modelo
cristão de felicidade
como alternativa ao consumismo,
à pressa e à indiferença
face ao outro.
«Se não cultivarmos
uma certa austeridade,
se não lutarmos contra
esta febre que a sociedade
de consumo nos impõe
para nos vender coisas,
acabamos por nos transformar
em pobres insatisfeitos
que tudo querem ter
e provar», escreve.

Francisco faz esta reflexão
na sua terceira exortação
apostólica intitulada
"Gaudete et Exsultate"
("Alegrai-vos e exultai"),
que o Vaticano publicou
ontem e na qual aborda «a
santidade no mundo contemporâneo
», seus «riscos,
desafios e oportunidades».
Jorge Bergoglio elogia
os «padres, freiras, religiosos
e leigos que se dedicam
a anunciar e a servir
com grande fidelidade,
muitas vezes arriscando
suas vidas e, certamente,
à custa de conforto».
Francisco lembra que
«para ser santo não é necessário
ser bispo, sacerdote,
religioso ou religiosa
», mas que qualquer
um o pode ser com o seu
comportamento diário.
«Para ser santo, não é
necessário ser bispo, sacerdote,
religiosa ou religioso.
Muitas vezes somos tentados
a pensar que a santidade
está reservada apenas
àqueles que têm possibilidade
de se afastar das ocupações
comuns, para dedicar
muito tempo à oração.
Não é assim. Todos somos
chamados a ser santos, vivendo
com amor e oferecendo
o próprio testemunho
nas ocupações de
cada dia, onde cada um se
encontra», refere.

O Papa considera que
a fixação no próprio "eu"
impede o compromisso
na ajuda a «quem está
mal».
Alerta para a tentação de
superioridade que leva a
julgar o outro, criticando
quem vive apenas para
cumprir «preceitos e
prescrições».
«Não nos faz bem olhar
com altivez, assumir o papel
de juízes sem piedade,
considerar os outros
como indignos e pretender
continuamente dar lições
», assinala.
Francisco alerta para
a obsessão de fazer um
«controlo rigoroso sobre
a vida dos outros» e remete
a proposta cristã para a
essencialidade das palavras
de Jesus Cristo.
O Papa, que tem sido
alvo de críticas por alguns
setores católicos, refere
que na Igreja convivem
«legitimamente» diferentes
maneiras de interpretar
muitos aspetos da doutrina
e da vida cristã.
Propõe uma maior
atenção aos mais necessitados
e à justiça social na
vida dos católicos, que desafia
a «reconhecer Jesus
nos pobres e atribulados».
Redação/Lusa/Ecclesia

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