1– Acredito que a inveja é um dos grandes pecados
do Homem. Nunca como nos tempos
actuais se lê, se ouve e se conhece em qualquer
parte, os resultados da inveja. Em todos
os sectores, a inveja sente-se e são conhecidos
actos que só ao Diabo agradam. Portugal, naturalmente,
também tem comportamentos de inveja.
Enquanto que a Doutrina Social da Igreja apresenta
normas com mais de um século de existência,
a defender a dignidade do Homem, como justos
salários, horários de trabalho justos e que nada
prejudique as Famílias, seus convívios, etc., verificamos
que nestes últimos 50 anos da vida dos portugueses,
tudo se tem alterado, tudo se tem tornado
em vida selvagem.
Não há horários de trabalho decentes: trabalham-
-se 24 horas por dia; não há feriados, dias santos ou
domingos, não há justos salários – pois uns recebem
500 euros mensais e outros recebem milhares
de euros na mesma empresa pública ou privada
– não há respeito, promoções profissionais e muito
mais se podia afirmar.
Todavia, temos de ser claros: o Partido Socialista,
defensor da democracia democrática, dos trabalhadores,
das côdeas rapaceadas de milhares de pensionistas,
conseguiu, no que respeita à defesa das Famílias
– não todas as Famílias, para já – ultrapassar os
ensinamentos da Doutrina Social da Igreja: enquanto
Esta se limita a afirmar que não se pode prejudicar
o amor e o convívio entre as Famílias com horários
de trabalho e vencimentos raquíticos, o Partido
Socialista coloca Famílias ao serviço da Nação, com
ordenados justíssimos, para que o convívio e o amor
se não percam entre eles! O maior feito das Famílias
ao serviço da Pátria-Querida, pelo Partido Socialista,
é o caso de Carlos César, que é ele no Governo e
mais quatro familiares!
Mas o Povo é ingrato, inculto e tantos intelectuais,
filósofos e jornalistas, o que têm é inveja. São salafrários
ou rapaces das competências e daqueles que defendem
o amor e a convivência familiar. É evidente
que outros Partidos também nomearam familiares,
mas os Socialistas, mais sensíveis, mais progressistas
que os ensinamentos da Santa Madre Igreja, metem-
-Na no bolso: já que os familiares não se amam em
casa, amam-se no Governo, nos corredores ministeriais
e nas Autarquias Locais. Assim, caros eleitores,
compreendam o assunto e façam favor de tolerar!
2 – Sua Excelência o Primeiro Ministro de Portugal,
António Costa, teve há dias uma afirmação de
político verdadeiramente adivinho, subtil, em que
colocou toda a sua experiência e saber político, quando
disse ao Povo português: “cuidado, povo do meu
País: o PSD quer usar as europeias para tomar de assalto
o poder”! Claro está, que António Costa prevê,
bem previsto, que o Partido rival, é muito capaz de
ganhar as europeias. É que só anjolas ou incultos não
sabem que o País não está como António Costa e o
ministro das finanças o pintam. Estamos na crise, nadamos
na crise e respiramos crise. Com tanta vilanagem,
incertezas e medos sentidos, o PSD poderá tornar-
se coveiro da política socialista/ageringonçada.
“Assalto ao poder”, pretende o PSD, diz Costa. Mas,
Excelência, Rui Rio não destronou companheiros
seus em eleições primárias, como o fez com António
José Seguro. Nenhum político, em Portugal, que tenha
ganho as eleições legislativas, destronou o vencedor,
como Sua Excelência o fez, destronando Passos
Coelho, que ganhou as eleições em 2015. Assalto
ao poder pelo PSD? Não. Esta Excelência Costa, quer
dentro do seu Partido, quer no resultado das eleições
de 2015, fez rigorosamente o “assalto ao poder”
com a ajuda de leninistas e trotskistas. Assim, caros
eleitores, façam favor de tolerar!
3 – O ex-ministro socialista, Alberto Martins, foi
em 1969, um dos líderes da “crise académica de Coimbra”.
Nesse tempo de lutas pró-democracia, o presidente
da República Américo Tomaz, em Coimbra,
ao iniciar um discurso, foi de imediato interrompido
por indivíduos, com Alberto Martins à cabeça,
pois queriam discursar. De imediato foram presos,
embora no dia seguinte soltos. Há dias, Alberto
Martins foi homenageado no jantar do 46.º aniversário
do PS e, no momento do discurso de António
Costa, este, foi interrompido por dois elementos estranhos
ao aniversário, porque pretendiam discursar.
Os seguranças garrotearam-nos, enxotaram-nos
e diz-se que levaram umas lambadas. Alberto Martins,
que conta no seu livro – Peço a Palavra-Coimbra
– conta a sua história com Américo Tomaz, de
ter querido discursar e ter sido garroteado. Que pensará
Martins, desta cena discursiva de António Costa
e da de Américo Tomaz? Cena de agora, igual há
de 50 anos! Uma, em plena ditadura/fascista, a outra,
em democracia democrática socialista. Repito
caros eleitores: façam favor de tolerar!
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