A quinta era o grande fornecedor de frescos, legumes e algumas frutas, para o consumo do seminário. Os cereais eram para a alimentação dos animais: bois,vacas, porcos e galinhas. O vinho destinava-se ao consumo da casa. Daí que cada uma das casas se encontrasse implantada numa quinta de maior ou menor dimensão. Assim acontecia com a Maia e com Vila Nova de Famalicão. Em Famalicão e na Maia havia mesmo noviços ou escolásticos encarregados de sectores particulares no âmbito da exploração agrícola. O " Ora et Labora" de S. Bento impregnava a vida dos futuros religiosos. Por outro lado toda esta actividade funcionava também como forma de aquisição de conhecimentos para a actividade em terras de missão onde as comunidades tinham que lançar mão de explorações agrícolas como forma de autosutento e de desenvolvimento social local.
Habitantes naturais das quintas eram as imagens de S. José e de Nossa Senhora. Nossa Senhora tinha sempre um lugar privilegiado: em lugar de destaque e em nicho de grande dimensão. No mês de Maio o nicho de Nossa Senhora era ponto obrigatório de oração diária como, aliás, acontecia nas festas litúrgicas a Ela dedicadas. Em Famalicão o nicho de Nossa Senhora ficava na desembocadura de um túnel de buxo com muitas dezenas de anos , senão mesmo algumas centenas. Com o desenrolar dos tempos...foi, talvez, transformado em botões.
Sem comentários:
Enviar um comentário