quinta-feira, 31 de dezembro de 2015
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
Encontro de antigos alunos da Maia no próximo sábado dia 2 de Janeiro de 2016
segunda-feira, 28 de dezembro de 2015
SERÁ A BÍBLIA BLASFEMA? Frei Bento Domingues, O.P.
1. Quando se
tenta explicar a violência das religiões ou contra as religiões resvala-se
facilmente para a justificação do crime.
Nos últimos tempos,
repetem-me: o Papa Francisco considera
o terrorismo, em nome de Deus, como uma blasfémia, mas, nesse caso, o Antigo
Testamento (AT) não é também ele blasfemo?
O exegeta, Armindo Vaz[1], referindo-se a Dt
20,10-18[2], apresenta Moisés a falar
a Israel deste modo:
“Quando te aproximares
duma cidade para combater contra ela…, Iavé teu Deus a entregará nas tuas mãos
e passarás a fio de espada todos os seus varões, as mulheres, as crianças, o
gado; tudo o que houver na cidade, todos os seus despojos, o hás-de tomar como
espólio…Quanto às cidades destes povos que Iavé teu Deus te dá em herança não
deixarás nada com vida; consagrá-los-á ao extermínio: hititas, amorreus,
cananeus, ferisitas, hivitas e jebuseus, como te mandou Iavé, teu Deus, para
que não vos ensinem a imitar todas essas abominações que eles faziam em honra
dos seus deuses: pecaríeis contra Iavé vosso Deus”.
As explicações históricas do autor são importantes, mas
insuficientes.
2. Encontrei, num
estudo de Francolino Gonçalves[3], da Escola Bíblica de Jerusalém
e membro da Comissão Bíblica Pontifícia, algo diferente. O uso que farei da sua
hipótese só me responsabiliza a mim. Passo a transcrever apenas algumas passagens
do seu longo texto.
Começa pela opinião comum: “desde há
cerca de três quartos de século que o iaveísmo teve como matriz e, durante
muito tempo, como único horizonte Israel ou, melhor dito, as relações entre
Iavé e Israel. Nesta perspectiva, a eleição de Israel, a sua libertação do
Egipto e a aliança que Iavé fez com ele, são os artigos fundamentais da fé
iaveísta. Por influência das religiões estrangeiras, em particular da religião
cananeia, o iaveísmo ter-se-ia voltado também para o mundo no seu conjunto e
teria visto nele a obra de Iavé. No entanto, só teria assimilado plenamente a
fé na obra criadora de Iavé, a partir de cerca de meados do séc. VI a.C., sendo
Is 40-55[4], o escrito sacerdotal e
vários salmos testemunhos e resultados deste processo de assimilação. Dito
isso, a fé na obra criadora de Iavé, que tem por quadro e horizonte o cosmos e
a humanidade, teria ficado sempre subordinada à fé na sua obra salvífica, que
tem por quadro e horizonte a história das relações entre Iavé e Israel.
“A opinião comum teve a sua formulação clássica na Teologia do Antigo Testamento de von
Rad, o estudo do género que maior influência exerceu durante o último meio
século. A própria Constituição dogmática Dei
Verbum do Concilio Vaticano II (1965) deve muito à Teologia do luterano von
Rad.
“A primazia absoluta que se atribui à ideia de história da
salvação de Israel, a expensas da solicitude de Deus para com toda a criação,
foi alvo de contestações mais ou menos radicais. Os seus autores baseiam-se
geralmente numa maior atenção prestada aos escritos sapienciais mais antigos,
que a opinião corrente não tem em conta. (…) O AT contém assim duas representações diferentes de Iavé. Segundo uma,
ele é o Deus criador que abençoa todos os seres vivos; segundo a outra, ele é o
Deus que está ligado a Israel, o seu povo, a quem protege e salva.
“Os exegetas não prestaram a estas vozes discordantes a
atenção que mereciam. A esmagadora maioria parece nem as ter ouvido. Por isso,
ficaram sem eco, não tendo chegado ao conhecimento dos teólogos, dos pastores
nem, por maioria de razão, ao público cristão.
“As minhas pesquisas
nesta matéria confirmaram, essencialmente, o resultado dos estudos que referi
e, além disso, levaram-me a propor uma
hipótese de interpretação do conjunto dos fenómenos religiosos do AT que é
nova. A meu ver, o AT documenta a existência de dois sistemas iaveístas diferentes: um fundamenta-se no mito da
criação e o outro na história da relação de Iavé com Israel. Simplificando,
poderia chamar-se iaveísmo cósmico ao primeiro e iaveísmo histórico ao segundo.
Contrariamente à opinião comum, a fé na criação não é um elemento recente, mas
constitui a vaga de fundo do universo religioso do AT.”
3. Até aqui, dei
a palavra a Francolino Gonçalves. Sem a leitura atenta do seu longo estudo,
será difícil apreender o alcance da sua descoberta. Eu tiro a minha conclusão:
o iaveísmo histórico veicula uma teologia nacionalista, por vezes, de uma
extrema violência. Coloca na boca de Deus os interesses de um povo contra os
outros povos. Este nacionalismo religioso blasfema.
27. 12. 2015
[3] Iavé, Deus de
justiça e de bênção, Deus de amor e de salvação em Cadernos ISTA, nº 22 (2009), p. 107-152, especialmente p. 114-115.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
Papa Francisco e o Natal
FELIZ NATAL
Natal é você, quando se dispõe, todos os dias, a renascer e
deixar que Deus penetre em sua alma.
O pinheiro de Natal é você, quando com sua força, resiste aos
ventos e dificuldades da vida.
Você
é a decoração de Natal, quando
suas virtudes são cores que enfeitam sua vida.
Você
é o sino de Natal, quando
chama, congrega, reúne.
A luz de Natal é você quando com uma vida de bondade,
paciência, alegria e generosidade consegue ser luz a iluminar o caminho dos
outros.
Você é o anjo do Natal quando consegue entoar e cantar
sua mensagem de paz, justiça e de amor.
A estrela-guia do Natal é você, quando consegue levar
alguém, ao encontro do Senhor.
Você será os Reis Magos quando conseguir dar, de
presente, o melhor de si, indistintamente a todos.
A música de Natal é você, quando consegue também sua
harmonia interior.
O presente de Natal é você, quando consegue comportar-se
como verdadeiro amigo e irmão de qualquer ser humano.
O cartão de Natal é você, quando a bondade está escrita no
gesto de amor, de suas mãos.
Você será os “votos de Feliz Natal” quando perdoar, restabelecendo de
novo, a paz, mesmo a custo de seu próprio sacrifício.
A ceia de Natal é você, quando sacia de pão e
esperança, qualquer carente ao seu lado.
Papa Francisco
Parte da mensagem do Pe Carlos Nunes
Dr Ambrosoli a caminho dos altares
Venerável Giuseppe Ambrosoli
"Giuseppe Ambrosoli nasceu a 25 de julho de 1923 no norte da Itália. Filho de um industrial do mel, fez o curso de medicina durante os anos conturbados da segunda guerra mundial.
Em 1951, decidiu entrar para o Instituto dos Missionários Combonianos depois de frequentar um curso de medicina tropical em Londres. Foi ordenado em dezembro de 1955.
Partiu para o Uganda em 1956 com 32 anos, um mês e meio depois da ordenação. Foi enviado para Gulu, no norte do Uganda.
Em 1961 foi transferido para a missão de Kalongo, entre o povo Acholi. Ali fundou o hospital que serviu como médico-cirurgião por mais de 30 anos.
«Deus é amor, há um próximo que sofre e eu sou o seu servo», dizia.
As pessoas chamavam-lhe «doctor ladit», o grande médico.
Faleceu a 27 de março de 1987 em Lira depois de os soldados o terem forçado a evacuar o hospital devido à guerra civil. Tinha 65 anos.
O hospital de Kalongo foi reaberto dois anos depois com o nome de Dr. Ambrosoli Memorial Hospital."
Foi um dos herois de referência de muitos de nós na nossa adolescência e juventude.
"Giuseppe Ambrosoli nasceu a 25 de julho de 1923 no norte da Itália. Filho de um industrial do mel, fez o curso de medicina durante os anos conturbados da segunda guerra mundial.
Em 1951, decidiu entrar para o Instituto dos Missionários Combonianos depois de frequentar um curso de medicina tropical em Londres. Foi ordenado em dezembro de 1955.
Partiu para o Uganda em 1956 com 32 anos, um mês e meio depois da ordenação. Foi enviado para Gulu, no norte do Uganda.
Em 1961 foi transferido para a missão de Kalongo, entre o povo Acholi. Ali fundou o hospital que serviu como médico-cirurgião por mais de 30 anos.
«Deus é amor, há um próximo que sofre e eu sou o seu servo», dizia.
As pessoas chamavam-lhe «doctor ladit», o grande médico.
Faleceu a 27 de março de 1987 em Lira depois de os soldados o terem forçado a evacuar o hospital devido à guerra civil. Tinha 65 anos.
O hospital de Kalongo foi reaberto dois anos depois com o nome de Dr. Ambrosoli Memorial Hospital."
Foi um dos herois de referência de muitos de nós na nossa adolescência e juventude.
sábado, 19 de dezembro de 2015
UASP - Votos de Santo Natal
A sua misericórdia estende-se
de geração em geração… (Lc 1,50)
A UASP deseja a todos os antigos alunos dos Seminários e
familiares um Santo Natal e Feliz Ano Novo!
Pela
Direcção
P. Armindo Janeiro
P. Armindo Janeiro
sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
P. Jeremias Martins eleito vigário geral
O padre Jeremias dos Santos Martins, 63 anos, foi eleito vigário geral dos Missionários Combonianos, no passado dia 9 de dezembro.
Nascido no Soito/Sabugal (Portugal), depois do noviciado em Moncada (Espanha), foi destinado ao escolasticado de Paris, onde fez os estudos de Teologia. Ordenado sacerdote a 30 de julho de 1978, trabalhou inicialmente em Portugal; depois em Moçambique e África do Sul, países onde foi também superior provincial. Agora, além de seguir a comunidade da Curia, irá acompanhar as circunscrições combonianas da África anglófona e também Moçambique.
Ao padre Jeremias, os nossos melhores votos de bom trabalho missionário!
O Sabugal é terra de gente ilustre... Parabéns... e mãos à obra!
Nascido no Soito/Sabugal (Portugal), depois do noviciado em Moncada (Espanha), foi destinado ao escolasticado de Paris, onde fez os estudos de Teologia. Ordenado sacerdote a 30 de julho de 1978, trabalhou inicialmente em Portugal; depois em Moçambique e África do Sul, países onde foi também superior provincial. Agora, além de seguir a comunidade da Curia, irá acompanhar as circunscrições combonianas da África anglófona e também Moçambique.
Ao padre Jeremias, os nossos melhores votos de bom trabalho missionário!
O Sabugal é terra de gente ilustre... Parabéns... e mãos à obra!
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
Pe António Ino - SANTO NATAL
Pe Ino à direita na foto com as suas históricas barbichas |
Caros colegas e amigos
Estamos em tempo de Natal, tempo de renascimento, de recuperação de forças, tempo de grandes emoções sejam elas quais forem; tempo de alimentar o presente e enfrentar o futuro com as boas recordações do passado, dos natais da nossa adolescência e juventude, da azáfama na construção do presépio monumental, na preparação das celebrações festivas, no ensaio dos angélicos cantos natalícios e...na expectativa de um regresso ainda que curto ao seio da família. Tudo isto foi vivido em comum por várias gerações de antigos alunos.
Hoje sabe bem recordar...
Por falar em recordar...
Sabem que o nosso muito querido Pe. António Ino se encontra em Viseu vivendo os seus oitenta e cinco anos de vida. E continua a fazer projectos... Há poucos dias confidenciou ao José Luis (1959) que gostaria de no próximo verão revisitar as missões de Moçambique onde trabalhou alguns anos, andando a juntar os tostões necessários à viagem para não afectar os recursos da comunidade. Lembrou-se o José Luis, logo secundado pelo Isidro, que essa poderia ser um prenda dos antigos alunos, nomeadamente daqueles de quem ele foi prefeito, reitor, superior, director espiritual e compagnon de route. A conta a utilizar para isso será a da Casa de Viseu, NIB 003300000548061000196, e cada um poderá transferir o que entender. Aquando da transferência deverá ser remetido um email ao superior da Casa de Viseu, Pe Francisco Medeiros, ( viseu@combonianos.pt), com a indicação de que a transferência realizada tem aquele objectivo. No nosso encontro de Maio 2016 poder-se-á fazer um ponto da situação.
Que acham da ideia? O Pe António Ino merece isso e muito mais....
Mãos à obra e...UM SANTO NATAL PARA TODOS.
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
Pe.José Arieira - Votos de Boas Festas do Congo
O Senhor, teu Deus, está no meio de ti como poderoso salvador! Ele exulta de alegria por tua causa, pelo seu amor te renovará. Ele dança e grita de alegria por tua causa» (Sofonias 3, 17).
NATAL 2015
Paz e bem
no Senhor Jesus, que nos veio trazer a vida em abundância!
É esta atitude que encontro aqui no meio
deste povo, onde me encontro desde há um mês. Ele sabe transformar as suas
magras economias em alegria através de belas celebrações natalícias, que
contrastam com sua pobreza. Não há iluminações públicas nem mesas recheadas,
mas há festa, porque Jesus nasceu!
Durante
este 1ºmês, desde a minha chegada, foi tempo de me adaptar à nova realidade. Na
comunidade do Postulantado de Kisangani somos 3 formadores: 2 congoleses e eu.
Os postulantes são 33, vindos das mais diversas partes do Congo. O Postulantado
é um tempo de preparação (3 anos) para a vida missionária
através da vida comunitária, da oração e do estudo. Após o Postulantado eles
vão para o Noviciado. Esta fase é muito importante para a sua formação pelo que
peço a vossa oração.
Desde já
agradeço a vossa amizade e colaboração e que o Senhor, através de Maria que nos
trouxe a alegria do Salvador, abençoe cada um de vós e as vossas famílias.
Recordo de um modo particular aquelas pessoas que estão vivendo algum momento
mais difícil.
Santo
Natal e Feliz Ano Novo 2016!
P.
Jose Arieira
Missionnaires Comboniens
Avenue Metallurgie 2369
Kingabwa, B.P. 1800 KIN 1
KINSHASA-LIMETE
(Rep. Dem. Congo)
Telm. 00243827610103
00243858611699
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