segunda-feira, 18 de novembro de 2019

SOMOS NÓS QUE NOS EXPULSAMOS DO PARAÍSO Frei Bento Domingues, OP.


1. A cegueira dos interesses destruidores da natureza não é incurável, mas exige um processo multifacetado de conversão que, por ondas sucessivas de militância, cada vez mais lúcida, desenvolva movimentações de solidariedade irrestrita na defesa duma ecologia integral. No universo, está tudo intimamente interligado. A cura deste género de cegueira não é fácil e nunca estará definitivamente resolvida, mas é o preço a pagar pela salvação daquilo que não tem preço[1].

Alguns meios de comunicação noticiaram que onze mil cientistas, incluindo biólogos e ambientalistas, divulgaram um novo estudo sobre o estado do clima, alertando para a “ameaça às sociedades humanas, ao seu bem-estar e à biodiversidade” que as alterações climáticas constituem. Sublinha a ineficácia dos planos existentes para combater a subida da temperatura na Terra.

A publicação deste relatório coincidiu com os quarenta anos da primeira Conferência Climática Mundial, que decorreu em Genebra (Suíça), em 1979, e reuniu cientistas de 50 nações. Nessa conferência já se alertava para as tendências alarmantes de eventuais alterações climáticas e para a necessidade urgente de as combater.

Desde então, alertas semelhantes reeditaram-se em todas as cimeiras sobre o clima, incluindo as realizadas no Rio de Janeiro (1992), Quioto (1997) e Paris (2015). Este último, o chamado “Acordo de Paris”, culminava os esforços e alertas dos últimos 40 anos, com os cientistas a manifestarem a esperança de que os governos, cidadãos e outros representantes dos povos tomem as medidas necessárias para reverter ou, pelo menos, evitar alterações potencialmente catastróficas.

O estudo referido apresenta-se com o prestígio de onze mil figuras do conhecimento científico, significando que não se trata apenas de uma simples corrente de opinião ou de recorrer a velhas ameaças míticas para acordar os crentes para o dever de cuidarem da Casa Comum, na expressão preferida do Papa Francisco[2].

É importante sublinhar que esse documento não é uma narrativa mítica. Mas os próprios mitos mesopotâmicos e bíblicos da «criação” do mundo não devem ser atirados para o caixote do lixo das velharias inúteis ou enganadoras. Não são mistificações.

      O estudo e a interpretação da linguagem simbólica dos mitos podem libertar a sua imensa riqueza de significação humana e divina, a não confundir com a coisificação das leituras fundamentalistas que, em nome da verdade divina da letra, os torna absurdos. Os “credos” religiosos fora da interpretação simbólica – que não é arbitrária – tornam-se inacreditáveis e matam a fé dos que buscam a luz para sair das trevas da ignorância.

      Os mitos dão que pensar e que agir. A sua ressonância poética semeia um imperativo ético contra as atitudes do deixa correr perante a destruição da beleza da terra.  

A Bíblia não é uma colectânea de tratados científicos com assinatura divina. Quando é lida nesse registo, deixa mal a ciência e torna-se espiritualmente ridícula. É uma biblioteca de literatura religiosa. É como literatura, de vários jogos de linguagem, que as suas narrativas míticas devem ser lidas. Como literatura, as suas próprias contradições, sem moralismos, podem-nos ajudar a entender o mundo e a nós mesmos, nos labirintos dos nossos desejos e contraditórias paixões.

2. O conjunto dos livros bíblicos, ao contrário da literatura gnóstica, não abre com uma catástrofe inicial. O Génesis[3], mediante a ficção das origens, começa pelo futuro que se deseja, pela narrativa de um mundo ideal, um paraíso de delícias. Tudo muito bem organizado e exuberante com gente livre e feliz na guarda de um jardim. Havia lá de tudo e de tudo se podia comer excepto da árvore do conhecimento do bem e do mal, pois a terra da liberdade não era a terra da irresponsabilidade, do vale tudo. Esquecidos desse alerta, os seres humanos deixaram-se guiar por apetites desordenados e loucas miragens. São os seres humanos que, por culpa própria, se expulsam do paraíso e se perdem em guerras fratricidas, simbolizadas por Caim e Abel.

É nessa linha mítica que surge o dilúvio universal. Parece um mundo sem remédio. No entanto, a capacidade humana de resistência não está universalmente destruída. Noé é o herói que, numa Arca flutuante, salva a sobrevivência de todas as espécies.

Quando parecia que os seres humanos tinham, finalmente, ganho juízo, verificava-se que continuavam seduzidos por miragens, perdidos do sentido dos limites. A megalomania do desejo fantasia mundos estupidamente delirantes. O mito da torre de Babel e da confusão das línguas diz que só um Deus nos pode salvar da construção de um mundo concentracionário, onde são abolidas todas as diferenças e onde desaparecem as vozes discordantes.

 Eis, a passos muito largos, a significação de onze capítulos do livro do Génesis, o livro da esperança no meio de pecados e catástrofes e salto para o Novo Testamento.  

3. O primeiro escrito cristão é de S. Paulo[4], entusiasmado com o mundo novo que se revelou na ressurreição de Cristo. O que se podia esperar era a entrada universal nesse invisível paraíso refeito e perfeito, a realidade definitiva. No entanto, ao verificarem que os membros da comunidade continuavam a morrer, Paulo apressa-se a dizer que, tanto os que já morreram como os que ainda estão vivos, vivem da esperança que falta aos gentios: o encontro com o Ressuscitado. O imaginário desse encontro poderia sugerir que o fim do mundo estava para breve.

Na segunda Carta, sobre os iludidos pela proximidade do fim do mundo, que andavam entretidos a não fazer nada, apresenta uma solução: os que não querem trabalhar que não comam.

De facto, a vinda de Cristo não encerrou a história: a criação inteira geme e sofre as dores de parto até ao presente[5].

No século II, a Carta a Diogneto mostra que os cristãos não se distinguindo dos outros – nem pela pátria, nem pela língua ou costumes – são, de facto, a alma do mundo!

Perante a violência e as catástrofes da queda do Império Romano, perguntavam a Sto Agostinho se não estaria a chegar o fim do mundo. Eis a resposta: não é o mundo que está acabar, mas um mundo novo que quer nascer.

Saltemos para a actualidade. A primeira condição dos católicos, para realizarem a sua missão na linha do Papa Francisco, é a reforma da Igreja, do topo até à base. A segunda, é a união com todas as pessoas e organizações de boa vontade para salvar o Planeta, a Casa Comum[6]. Os católicos devem estar na primeira linha desta militância.





17. 11. 2019



[1] Cf. Rui Tavares, Há dinheiro para salvar o Planeta?; Vandana Shiva, entrevistada por Andrea Cunha Freitas, “Os novos gigantes digitais estão a minar as nossas mentes”, in Público (13.11.2029).
[2] Cf. a Encíclica Laudato Sí
[3] Génesis 1 – 11.
[4] 1ª carta aos Tessalonicenses
[5] Romanos 8, 22-23
[6]Segundo o 7Margens, quatro dioceses norte americanas decidiram concretizar acções para combater as alterações climáticas.

domingo, 10 de novembro de 2019

AS EMINÊNCIAS E A EMINENTÍSSIMA REFORMA Frei Bento Domingues, O.P.


1. Hoje, Frei Bartolomeu dos Mártires, da Ordem dos Pregadores (1514-1590), é canonizado em Braga e não ficava bem que esta grande festa fosse celebrada noutro lugar.

      Ficou conhecido como “o bracarense” desde o permanente desassossego reformador que introduziu na última fase do Concílio de Trento (1545-1563) e mais bracarense se tornou na firme resistência à guerrilha que o poderoso Cabido da Arquidiocese desencadeou contra a efectivação do programa das reformas conciliares, pelas quais sempre lutou e das quais nunca desistiu.

     O território da diocese de Braga era, na altura, o que está agora repartido por quatro dioceses: Viana, Braga, Vila Real e Bragança. É normal que comunguem todas da mesma alegria porque são todas herdeiras dos longos e pedregosos caminhos que Frei Bartolomeu percorreu, a pé ou na sua mula, por fidelidade ao lema episcopal que adoptara: arder e iluminar sem nunca se acomodar à desfiguração do mundo e da Igreja do seu tempo[1].

Conta Frei Luís de Sousa, seu exímio biógrafo[2], que numa das suas visitas pastorais de inverno, descobriu num miúdo serrano, a figura exemplar do bispo. «Ofereceu-se-lhe à vista, não longe do caminho, posto sobre um penedo alto e descoberto, ao vento e à chuva, um menino pobre e bem mal reparado de roupa, que vigiava umas ovelhinhas que, ao longe, andavam pastando. Notou o arcebispo a estância, o tempo, a idade, o vestido, a paciência do pobrezinho; e viu juntamente que, ao pé do penedo, se abria uma lapa que podia ser bastante abrigo para o tempo. Movido de piedade, parou, chamou-o e disse-lhe que descesse abaixo, para a lapa, e fugisse da chuva, pois não tinha roupa bastante para esperar.

- Isso não – respondeu o pastorinho – que, em deixando de estar alerta e com o olho aberto, vem o lobo e leva-me a ovelha, ou vem a raposa e mata-me o cordeiro.

- E que vai nisso? – disse o arcebispo.

- A mim me vai muito – tornou ele –, que tenho pai em casa que pelejará comigo; e tão bom dia se não forem mais que brados. Eu vigio o gado, ele me vigia a mim; mais vale sofrer a chuva».

Esperou pelos que eram mais lentos no caminho e comentou: «E este esfarrapadinho ensina a Fr. Bartolomeu a ser arcebispo. Este me avisa que não deixe de acudir e visitar as minhas ovelhas, por mais tempestades que fulmine o Céu. Que, se este, com tão pouco remédio para as passar, todavia não foge delas, respeitando o mandato do seu pai mais do que o seu descanso, que razão poderei eu dar se, por medo de adoecer ou padecer um pouco de frio, desamparar as ovelhas, cujo cuidado e vigia Cristo fiou de mim quando me fez pastor delas?»

Com esta narrativa, Frei Luís de Sousa interpreta o sentido das lutas do Bispo com os responsáveis pelo sistema de abandono em que encontrou a sua vasta diocese e das radicais intervenções no Concílio de Trento e da santa teimosia contra as resistências que encontrou em Braga. Era toda a Igreja que precisava mudar, do topo até à base, a começar pelos eminentíssimos cardiais que precisavam de uma eminentíssima reforma.

Os bispos não podiam, como se tornara habitual, viver regaladamente dos bens das dioceses, longe dos diocesanos e os párocos longe das suas paróquias. Tudo, na Igreja, tinha de estar ao serviço das populações, sobretudo dos mais pobres, que devem ser os preferidos da acção das dioceses, das paróquias e das ordens religiosas, varrendo todas as benesses, nepotismos e privilégios por mais antigos que se apresentassem. A narrativa pintada por frei Luís de Sousa coloca todos os bispos frente ao espelho das suas responsabilidades sugeridas pela parábola do Bom Pastor. A leitura que frei Bartolomeu fez da história da Igreja não o fixou apenas nas traições a erradicar, mas na recolha escrita de exemplos que a tradição viva oferecia como estímulo de alteração da vida dos próprios pastores[3].

De facto, não é apenas a arquidiocese de Braga e as dioceses que dela brotaram com motivos para viverem a interpelação desta canonização responsabilizante. É toda a Igreja portuguesa, de norte a sul.

2. Em Lisboa nasceu, na Igreja dos Mártires recebeu o baptismo e o sobrenome. Entrou muito jovem para o antigo convento de S. Domingos, onde também depois ensinou teologia. Foi prior do convento de S. Domingos de Benfica. No belo convento de Santa Maria da Vitória, na Batalha, ensinou, por longos anos, filosofia e teologia. Em Salamanca foi coroado o seu Magistério teológico. Em Évora foi preceptor de D. António, Prior do Crato, e no convento de S. Domingos conviveu com o famoso frei Luís de Granada que, ao lhe manifestar as novas correntes espirituais, descobriu, em frei Bartolomeu, não apenas um mestre muito informado das tradições místicas, mas um seu austero praticante. Foi por influência deste amigo granadino que, muito contrariado e por obediência, aceitou ser bispo de Braga.

Pertenci ao grupo dos cépticos acerca da possibilidade de ver a canonização deste bispo depois de 400 anos de quase esquecimento.

Frei Raul Rolo, O.P. (1922-2004) tornou-se não só o grande especialista de Frei Bartolomeu dos Mártires – investigou tudo o que lhe dizia respeito – como um devoto obsessivo da causa que parecia perdida. Fez sobre ele a sua tese de doutoramento, editou-lhe as obras completas, criou o movimento bartolomeano, promoveu, em várias dioceses do país, jornadas de estudo e, no IV Centenário da sua morte, organizou um congresso internacional em que vários especialistas trouxeram novos contributos para o conhecimento do mundo e da Igreja em que frei Bartolomeu viveu e lutou.

O frei Raul desejava tanto convencer os outros da sua devoção que, ouvi em Roma, a um teólogo canadiano este desabafo: “o grande milagre que levaria imediatamente Frei Bartolomeu aos altares seria o de conseguir calar este frade” [4]. Mas a perseverança é a alma da esperança contra toda a esperança.

3. Se o Bracarense tinha ficado tanto tempo esquecido, se não tinha o carisma milagreiro de Santo António, nem uma empresa eclesiástica interessada em reavivar a sua memória truculenta de reformador da cúria romana e das cúrias diocesanas, não seria o entusiasmo de um confrade que poderia criar um clima, cultural e espiritual, que refizesse a ponte devocional com uma figura tão controversa.

O Papa Francisco acabou por descobrir que Bartolomeu dos Mártires tinha vivido, na sua pessoa e na sua acção, o projecto da reforma da Cúria, do conjunto da Igreja e o tinha precedido no combate ao vírus do carreirismo eclesiástico. A sua vida foi um milagre.

Não era preciso esperar outro para o canonizar.



10. 11. 2019



[1] Romanos, 12, 2.
[2] Frei Luís de Sousa, A Vida de D. Frei Bartolomeu dos Mártires, Imprensa Nacional, 1984, 76-77.
[3] Estímulo de Pastores (Stimulus Pastorum, 1565), 2017.
[4] Cf. Frei Bartolomeu dos Mártires, (1514-1590) Catálogo bíblio-iconográfico, Biblioteca Nacional, 1991; Frei Bartolomeu dos Mártires. Estudos – Textos – Documentos, Braga, 1990; IV Centenário da Morte de D. Frei Bartolomeu dos Mártires, Congresso Internacional, Fátima, 1994

sábado, 2 de novembro de 2019

Vida-Morte! - NUNABRE - DM

ESQUIFE FECHADO!!
(POEMA ACRÓSTICO)
Eu vi-me envolto num branco sudário,
sem cor alguma já no rosto meu...!
quebrada a luz deste meu lampadário,
um fim eu tive e noite fui de breu...!
inerte e frio, de costas deitado
– funérea múmia, que não mais falou –,
eu vi-me, só, num esquife arrumado
feito prisão, que alguém p'ra mim
comprou...!
e fui levado para a campa fria...!
coberto fui de terra...! e, nesse dia,
houve algum pranto nos olhos de alguém...!?
ali deixado, à sombra só da Cruz,
de mim, ficaram sombras mais que luz,
ou – só DEUS sabe – um eco de Ninguém...!!!
Nunabre

Todos os Santos - SILVA ARAÚJO, DM

1.Celebramos amanhã a solenidade
de Todos os Santos.
A Igreja, Corpo Místico
de Jesus Cristo, é constituída
por uma multidão incontável
de pessoas, unidas
umas às outras, que se encontram em
diversas situações: na situação de peregrinos;
na de felicidade com Deus;
na de purificação, a caminho da felicidade
com Deus.
Amanhã, nós, a Igreja em estado
de peregrina, prestamos homenagem
à Igreja em estado de felicidade com
Deus, a cujas pessoas damos o nome
de santos.
No sábado manifestamos a nossa solidariedade
para com a Igreja em estado
de purificação, as denominadas
Almas do Purgatório.
Ao longo do ano fomos recordando
alguns dos Santos canonizados; dos
que constam das listas oficiais da Igreja
e têm a honra dos altares. No dia de
hoje celebramos os Santos que, embora
não constem dos calendários litúrgicos
nem dos hagiológios, gozam da
Bem-Aventurança. Têm um altar no
nosso coração.
2. A solenidade de Todos os Santos é
um convite a que tomemos consciência
de que a santidade é um chamamento
feito por Deus a todos. O ideal da
santidade está ao alcance de cada um.
O caminho pode ser o que seguiu
Santa Teresa do Lisieux: vivermos de
harmonia com a nossa pequenez; vivermos
como filhos de Deus; deixarmo-
nos conduzir por Jesus.
A santidade não consiste em fazer
coisas extraordinárias ou invulgares mas
em fazer extraordinariamente bem as
coisas simples e vulgares de cada dia.
Consiste, sim, em fazermos a vontade
de Deus, na graça de Deus e por
amor de Deus.
3. Os Santos não foram nenhuns extra-
terrestres. Estão no outro mundo
mas santificaram-se neste. Foram pessoas
como nós, que também enfrentaram
dificuldades, mas que seguiram
Jesus, vivendo o Evangelho.
Há santos do outro lado da vida e
há santos neste mundo. Recordo o
que escreve S. Paulo no início de algumas
das suas cartas: «a todos os santos
que vivem na cidade de Filipos...»
(Filipenses 1, 1); «aos santos que estão
em Éfeso...» (Efésios 1, 1); «aos santos
e fiéis irmãos em Cristo que habitam
em Colossos...» (Colossenses 1, 2); «a
todos vós prediletos de Deus que estais
em Roma e que sois chamados
santos...» (Romanos 1, 7).
A diferença entre os santos do lado
de lá e os santos do lado de cá é que
aqueles já não podem deixar de ser
santos; nós podemos ser santos agora
e logo deixar de o ser.
4. A solenidade de amanhã é, também,
oportunidade para pensarmos
no culto que prestamos aos Santos.
Vê-los como intercessores junto de
Deus e como exemplos a imitar.
Há quem os ponha ao nível de Deus,
ajoelhando ao passar em frente das
suas imagens, o que é um erro.
Há quem confunda o Santo com
a imagem que o representa, o que é
outro erro.
Há quem atribua um errado valor
a certos formulários de orações de
que as pessoas se sentem «obrigadas»
a distribuir cópias ou a fazer publicidade
nos jornais.
5. As leituras da Missa de sexta-feira
lembram-nos que os santos são uma
multidão incontável (primeira). Que
para pertencermos ao seu número
precisamos de viver de harmonia com
a dignidade de filhos de Deus (segunda)
e de seguir o caminho das Bem-
-Aventuranças: o desprendimento, a
humildade, a pureza do coração, a misericórdia,
a mansidão, o esforço em
construir a paz (terceira).
Nas primeira e terceira têm particular
realce os mártires – vêm da grande
tribulação, lavaram as túnicas no
sangue do Cordeiro –, o que dá ensejo
a que pensemos nos muitos cristãos
que também hoje sofrem por causa da
fé. Lamentavelmente, as perseguições
têm sido uma constante ao longo da
história da Igreja