sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Seminário Maior do Porto - 150 anos de actividade


  
A alegria do reencontro
A propósito da celebração dos 150 anos do Seminário Maior do Porto li um pequeno apontamento na Voz Portucalense escrito por João Alves Dias. Começa o autor por transcrever uma afirmação de um tal Dr Barroso da Fonte que ao enumerar uma série de vultos da sociedade transmontana ( de que é perito) , concluia assim: " não fora a Igreja, e esses  talentos ter-se-iam perdido nas courelas dos seus pais ou engrossando a vaga emigrante, como teria acontecido comigo, perdido numa aldeia dos confins do Barroso".
 Continua o autor...." este apenas é um exemplo entre muitos. Só no Porto conheço vários. Honra lhes seja dada......Não foram apenas Miguel Torga ( Seminário de Lamego ), Aquilino Ribeiro ( Seminário de Beja), Vergílio Ferreira ( Seminário do Fundão)....Apesar das "manhãs submersas", o que seria destes e outros se, em criança, não tivessem frequentado o seminário? Os seminários sempre foram alfobres de cultura e importantes factores de mobilidade social."

Se isto é verdade para os seminários diocesanos, muito mais o será para os seminários religiosos cujo âmbito territoral e social de recrutamento  se estendia às remotas aldeias perdidas por essse interior fora. Confrange-me, portanto, que muitos de nós se acobardem às vezes de referir a sua passagem,mais longa ou mais curta,  pelo seminário. Mesmo que eventuais desvios de pedofilia ou até outros crimes graves possam eventualmente ter ocorrido, isso não enegrece o ambiente geralmente saudável dos seminários e o meritório trabalho de disseminação da cultura e de elevador social por eles realizado.
Orgulhemo-nos deles e sejamos gratos.

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