terça-feira, 22 de janeiro de 2019

A missão da Igreja - D Minho

A «renovação inadiável
» depara-se agora
com a importância
em clarificar a
missão da Igreja, a missão
da comunidade paroquial.
É uma questão
de identidade. Tal como
«todo o homem e mulher
é uma missão, e esta
é a razão pela qual se
encontra a viver na terra
», também a comunidade
precisa de assumir
que «é uma missão». Todos
são convidados «a refletir
sobre esta realidade:
‘Eu sou uma missão nesta
terra, e para isso estou
neste mundo’ (EG 273)».
O discernimento sobre
a missão pode apoiar-se
em dois dinamismos: ser
atraídos e ser enviados
(cf. Mensagem do Papa
Francisco para o Dia Mundial
das Missões de 2018).
Fermento de Deus
na humanidade
A partir do número 114 da
Exortação Apostólica sobre
o anúncio do Evangelho
no mundo atual, o
programa pastoral explicita
a missão da Igreja que
está em Braga: «ser o fermento
de Deus no meio
da humanidade; quer dizer
anunciar e levar a salvação
de Deus a este nosso
mundo»; «ser o lugar
da misericórdia gratuita,
onde todos possam sentir-
se acolhidos, amados,
perdoados e animados a
viverem segundo a vida
boa do Evangelho». Trata-
-se de uma proposta que
privilegia a tónica «em
saída» que Deus provoca
naqueles que verdadeiramente
se assumem como
discípulos missionários
de Jesus Cristo.
Fazer discípulos
«Ide, pois, fazei discípulos
de todos os povos, batizando-
os em nome do
Pai, do Filho e do Espírito
Santo, ensinando-os a
cumprir tudo quanto vos
tenho mandado» (evangelho
segundo Mateus, capítulo
28, versículos 19 e
20). Nesta missão confiada
por Jesus Cristo aos seus
primeiros discípulos estão
presentes quatro verbos:
ir, fazer, batizar, ensinar.
Segundo o padre
James Mallon, presbítero
canadiano que fundou
a «renovação divina», fazer
discípulos é o centro
da missão. Confrontados
com a realidade, constatamos
que sabemos ensinar,
sabemos batizar (e
celebrar os demais sacramentos).
Contudo, a nossa
maior fraqueza pastoral é
a que nos une ao coração
daquele mandato missionário:
fazer discípulos.
Ao longo da vida
A palavra «discípulo» está
relacionada com o ato
de aprender, ser aluno.
«Ser um discípulo de Jesus
é estar envolvido num
processo de aprendizagem
ao longo de toda a
vida, o qual tem por objeto
aprender de Jesus,
o professor, e dos lábios
de Jesus, o mestre» ( James
Mallon). Fazer-se discípulo
de Jesus Cristo é
comprometer-se com esse
processo de aprendizagem.
Coloca-se a questão:
Quantos paroquianos é
que são realmente discípulos?
Ou então: Quantos
paroquianos é que estão
realmente dispostos a
fazer-se discípulos? «Os
membros da nossa paróquia
são chamados a fazer
discípulos, mas muitos
ainda nem sequer eles
mesmos se fizeram discípulos.
[...] Ser um adulto
que aprofunda a fé continua
a ser entendido como
algo totalmente opcional
e não essencial. Valorizamos
o ensino das crianças
e dos adolescentes,
mas, por qualquer razão,
pensamos que os adultos
não precisam de aprender,
crescer ou amadurecer
». É proibido lamentar-
-se! Para James Mallon, «a
única solução é voltar ao
que Jesus nos pediu há
dois mil anos: que não
façamos simplesmente
crentes ou ‘católicos praticantes’,
mas que façamos
discípulos. É disso que se
trata: fazer discípulos»!
info@laboratoriodafe

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