terça-feira, 7 de outubro de 2014

Outono: Época das colheitas 2

A quinta era o grande fornecedor de frescos, legumes e algumas frutas,  para o consumo do seminário. Os cereais eram para a alimentação dos animais: bois,vacas,  porcos e galinhas. O vinho destinava-se ao consumo da casa. Daí que cada uma das casas se encontrasse implantada numa quinta de maior ou menor dimensão. Assim acontecia com a Maia e com Vila Nova de Famalicão. Em Famalicão e na Maia havia mesmo noviços ou escolásticos encarregados de sectores particulares no âmbito da exploração agrícola. O " Ora et Labora" de S. Bento impregnava a vida dos futuros religiosos. Por outro lado toda esta actividade funcionava também como forma de aquisição de conhecimentos para a actividade em terras de missão onde as comunidades tinham que lançar mão de explorações agrícolas como forma de autosutento e de desenvolvimento social local.
Habitantes naturais das quintas eram as imagens de S. José e de Nossa Senhora. Nossa Senhora tinha sempre um lugar privilegiado: em lugar de destaque e em nicho de grande dimensão. No mês de Maio o nicho de Nossa Senhora era ponto obrigatório de oração diária como, aliás, acontecia nas festas litúrgicas a Ela dedicadas. Em Famalicão o nicho de Nossa Senhora ficava na desembocadura de um túnel de buxo com muitas dezenas de anos , senão mesmo algumas centenas. Com o desenrolar dos tempos...foi, talvez,  transformado em botões.

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